Retorno às aulas: por que o importante falar sobre emoções com seu filho?

Depois de muita espera por parte das crianças, jovens e pais, o momento é de começar! O retorno às aulas, nada mais é do que retorno da rotina. Isso implica retorno de cumprimento de horários, modificação e alteração dos compromissos pessoais, sociais e familiares. Sim, toda a família se reestrutura novamente para que tudo se encaixe conforme a programação estabelecida.

Sem dúvidas voltar à escola, é um momento crucial para estabelecer conexões significativas e criar um ambiente propício ao aprendizado. Além da escola, a família também é responsável por propiciar a rotina adequada para ajustar aos das escolas e demais compromissos. Concordem: são tantas atividades que os jovens hoje possuem: aulas de línguas, de músicas, esportes, informáticas, terapias e por aí vai.

Sair da vida tranquila, da zona de conforto que possuem nas férias, exige esforço deles e dos responsáveis. É inegável dizer, mas todo começo gera muitas expectativas para nós, imagina para eles que ainda estão aprendendo a lhe dar com as emoções e sentimentos. Afinal é tudo diferente, tudo novo: começam com novos amigos, escola e salas diferentes, professores novos e muitas expectativas.

Muitas crianças e adolescentes quando vai chegando o dia de começar as aulas, começam a ter insônias, a ter alteração na quantidade de alimentos (uns comem mais outros comem menos), começam com manias (roer unhas, puxar cabelos, coçar, lavar as mãos, dentre outros comportamentos que indicam ansiedade.

Se nós, que temos domínio da linguagem e acumulamos experiências diversas, temos dificuldades em identificar o que estamos sentindo, imagine os que estão no começo da vida. Por isso, nós adultos devemos instrui-los.

O primeiro passo é já ir preparando-os emocionalmente. Diálogo é fundamental. Falar como será a nova fase deles, ouvir sobre as suas expectativas é o melhor que podemos fazer. Levá-los para comprar os materiais e participar das compras dos livros também ajuda e se puder levá-los antecipadamente nas escolas e demais instituições para conhecer os professores e os lugares que ficarão durante o ano também é de grande valia para o universo deles que vão criando as imagens e promovendo o interesse por aquela nova rotina.

A melhor forma de ensinar sobre sentimentos para as crianças é no dia a dia, em meio à rotina. Não precisa separar um momento específico para isso, como “Hoje vamos falar sobre a raiva ou a tristeza ou alegria”. Não! Fale sobre emoções a qualquer momento e principalmente quando aquela criança ou jovem estiver em fases de transições.

Se tiver choros, compulsividades e outros comportamentos nos primeiros dias, entenda que é comum e seu filho precisa apenas de acolhimento e amor.

Falar sobre o que você sente ou sobre situações que vivem sua família também é necessário, afinal praticarmos a honestidade emocional, dizendo para as crianças como nós sentimos será mais fácil compreender sobre si mesmo, tendo como base o próximo. Dizer “Filho, agora não é um bom momento pois, estou irritada.”, “Estou chateada com o que me aconteceu hoje”. Só assim, aprenderão a identificar e a respeitar as emoções alheias.

Quando falamos de emoções o importante é ter equilíbrio e nós pais e responsáveis somos os pilares de apoio de nossos filhos. Precisamos ter cuidados e atenção neste novo ciclo de vida deles. Fiquem atentos!

Fonte: https://www.jornalmanancial.com.br/

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