As mães atuais estão estressadas em níveis muito altos

Não é difícil conversar com uma mãe, a qualquer momento, independentemente da idade e perceber o quanto estão cansadas e estressadas. Conforme a jornalista britânica, Libby Purves “As mães de hoje estão estressadas em níveis nunca vistos antes”.

Isso de fato é uma realidade. Eu que possuo três crianças, vejo o quanto é desafiador educar e administrar a minha própria vida e das crianças. Isso sem contar com a casa, marido e trabalho.

A jornalista lançou um livro chamado “Como Não Ser Uma Mãe Perfeita” e nele ela faz uma analogia ao Superman. De forma humorada diz que sair voando, resolvendo problemas de todos enquanto possui um trabalho não é para qualquer uma.

Confesso que me vejo sendo uma Mulher Maravilha. Faço de tudo para todos, em casa, quando não faço, administro. Sempre a maioria das decisões são minhas no que diz respeito a rotina familiar e doméstica. Isso pesa muito: a responsabilidade.

São muitos os afazeres: acordar filhos, leva-los a escola, checar lanches, prepara refeições, cuidar da saúde, desempenho e tarefas escolares, supermercados, cursos etc., se torna exaustivos para uma pessoa. A impressão é de que o dia não possui 24 horas, mas bem menos, porque são tantas as tarefas que não sobra nenhuma parcela de tempo para a própria mãe e mulher.

Aí é que está o problema. Gerenciamos tantas coisas que não nos sobra momentos para cuidarmos de nós mesmas. Não é mesmo? Até o humor vai acabando. Com o acumulo de funções e sobrecarga mental, o estresse surge. Inevitável.

As mulheres também precisam ter seu tempo livre. Precisam se sentir vivas. Precisam ter seus momentos a sós e também com amigos. Precisam estar em ambientes diferentes e leves para que sua rotina seja mais tranquila. Somos tão cobradas pela sociedade para que tudo saia perfeito, além da pressão da aparência e do sucesso no trabalho.

Por outro lado, acredito muito que vamos absorvendo funções que nem sempre são só nossas. Deixar que outra pessoa nos ajude, ou divida as tarefas é importante. Confiar mais no parceiro, no pai dos filhos e dividir as responsabilidades e as tarefas.

Talvez nos falte a maturidade de saber conduzir esta relação para que o outro contribua mais nas tarefas domésticas, na rotina com os filhos.

Não podemos deixar que às gerações futuras carregue o peso de nossas ações. Precisamos ter cuidado para não transmitir a eles as nossas dificuldades, limitações e pensamentos que vem de geração em geração que nós mesmas repetimos. Não podemos deixa-los crescer com a pressão da perfeição, dos julgamentos para uma maternidade ímpar.

Não somos e nunca seremos perfeitas. E como dizem “não existe receita”. Essa frase expressa uma grande verdade. Erros e acertos sempre irão existir.

Precisamos de leveza. Precisamos mesmo ensinar as gerações que chegam sobre o amor e a consciência de escolher a vida que queremos ter, sempre com equilíbrio.

 

Fonte: https://revistacrescer.globo.com/Educacao-Comportamento

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