Metaverso: o que é esse novo mundo virtual?

Foto: Nina Ramos/Divulgação
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Entenda o que o a internet reserva para o futuro

Metaverso é a terminologia utilizada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. É um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de “realidade virtual”, “realidade aumentada” e “Internet”.

Para entender melhor o conceito de metaverso, compare com a internet de hoje. Atualmente, as redes sociais são as principais mediadoras do ambiente virtual. E a “vida digital” é acessada com celulares e computadores. Com o metaverso, a experiência será muito mais imersiva. Mais do que navegar na internet, será possível vivenciá-la por dentro.

Para quem, no entanto, ainda está confuso com essa definição, alguns filmes como “Matrix”, “Jogador nº1”, “Tron: Uma Odisseia Eletrônica” e séries como “Kiss me First”, “Upload”, “Westworld” disponíveis nos streamings podem ser ótimas opções para ajudar a explicar o conceito.

 

Quais as aplicações do metaverso?

Soluções de tecnologia, tais como realidade virtual e simuladores em 3D são um exemplo de aplicação. Mas as novidades não param por aí, na medicina poderá ser possível cirurgias à distância, roupas que podem medir o nível de temperatura e transpiração do corpo humano, cursos nos quais os alunos não precisam de corpos reais para aprendizado, no universo corporativo vários usos são possíveis, desde reuniões com interação pessoal/virtual entre os participantes, até treinamentos mais especializados, que podem ser feitos à distância, No ambiente artístico os NFTs também se destacaram, especialmente pelo fato de garantirem a autenticidade das obras e a exclusividade da propriedade, entre outras, são algumas das inovações.

 

A economia cripto do metaverso

Já existe uma economia de produtos e serviços no metaverso, cantores e djs já estão realizando eventos em ambientes digitais, e recebendo por isso. Proprietários de imóveis construíram outdoors, e passaram a vender esses espaços para jogadores que querem fazer algum tipo de anúncio. Existem cassinos em plataformas de metaverso, onde os gamers podem apostar em jogos de azar. Artistas virtuais também comercializam suas obras de arte registradas em NFTs nesses ambientes digitais.

 

Quando o metaverso vai se tornar realidade?

Importante dizer que mesmo existindo produtos de realidade virtual e realidade aumentada, este cenário ainda não é totalmente possível. É possível realizar reuniões no metaverso através de óculos de realidade virtual, porém passar um dia de trabalho no metaverso ainda parece um sonho distante.

 

Um exemplo disso, foi a notícia de que a Prefeitura de Uberlândia realizou a primeira reunião de trabalho da história do Executivo municipal dentro do metaverso, utilizando óculos de realidade virtual, esse foi o primeiro registro de uma agenda oficial de autoridades públicas municipais em um ambiente de realidade virtual e aumentada no País.

Mark Zuckerberg, durante a live de apresentação da Meta, afirmou que o metaverso pode fazer parte do nosso dia a dia nos próximos 5 ou 10 anos. Mas o único consenso entre os especialistas é de que esse não é um sonho para o curto prazo. A tecnologia 5G, por exemplo, ajudaria a conectividade necessária para os equipamentos usados para entrar no metaverso. Afinal, a capacidade de transmissão de dados é fundamental para navegar por esse tipo de tecnologia.

O 5G é o padrão de tecnologia e quinta geração para redes móveis e de banda larga. Ela é cerca de 100 vezes mais rápida que o 4G, tem tempo de resposta mais ágil e é mais estável. Mas, no Brasil, ela ainda está em fase de implantação e deve demorar de 2 a 4 anos para ficar disponível.

 

Críticas e preocupações

Nem tudo são flores quando falamos de metaverso. Muitas pessoas criticam essa ideia por motivos como uma possível centralização da tecnologia em um grupo pequeno de empresas e pela falta de privacidade dos dados. Além disso, deverão surgir milhares de dilemas legais e éticos sobre os limites do metaverso, que ainda nem podem ser pensados já que as plataformas não existem. Mas é possível prever questões sobre direitos autorais e crimes virtuais, por exemplo.

O vício do usuário e o uso problemático das mídias sociais são outra preocupação. O transtorno do vício em Internet, mídia social e vício em videogame podem ter repercussões mentais e físicas por um período prolongado de tempo, como depressão, ansiedade e obesidade. Os especialistas também estão preocupados que o metaverso possa ser usado como uma ‘fuga’ da realidade de uma forma semelhante às tecnologias existentes da Internet.

O fato é que a vida, como conhecemos hoje, está prestes a ser revolucionada pela tecnologia mais uma vez.

 

 

Vinicius Vieira de Morais

Empresário – Proprietário da Exact-Ti

Especialista em Tecnologia da Informação

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