Em busca de justiça e da conscientização da sociedade

A mãe de pet que não mede esforços para preservar a saúde e a inocência das crianças

No Brasil, frequentemente, crianças, adolescentes e jovens são vítimas de crimes sexuais e têm seus direitos violados de inúmeras formas. Após atuar com a Polícia Militar em um caso, onde fez a perícia no computador de um pedófilo, a arquiteta e engenheira civil, Danusa Biasi, de 44 anos e mãe de um serzinho de quatro patas, a Mia, fundou o Instituto Carrossel, buscando diminuir e quem sabe um dia extinguir tamanha crueldade do mundo.

Com 14 anos de fundação e o apoio do SINIBREF –  Sindicato das Instituições Beneficentes, religiosas e filantrópicas, o instituto não busca apenas prestar ajuda às vítimas de tal atrocidade, mas principalmente trabalhar para que haja a prevenção desse crime.

Através de palestras nas escolas para os professores, pais e crianças, o instituto busca quebrar o tabu em que a sociedade vive quando se trata desse assunto. Além dessas palestras, durante a semana do dia 18 de maio, são feitas campanhas para conscientizar a respeito do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

Danusa acredita que a presença da educação sexual nas escolas seja essencial para diminuir os casos de assédio  infantil. “A educação sexual não é você ensinar a criança fazer sexo, mas sim alertá-la sobre quais atitudes podem ser consideradas um caso de assédio sexual e sobre doenças. Afinal, criança não namora, criança não beija na boca, criança tem amigos. Tudo tem a sua hora.”

Para conseguir lidar com assuntos tão pesados e se manter psicologicamente saudável, às vezes ela sente a necessidade de se afastar um pouco desse caos e busca o contato com a natureza que, como uma válvula de escape,  permite que ela se reencontre e tenha forças para continuar lutando pelo bem-estar  e segurança das crianças.

Mostrando mais uma  vez ser uma mulher forte que luta pelos seus ideais, Danusa afirma que a única diferença entre um homem e uma mulher é a fragilidade física, e completa agradecendo a revista pela oportunidade e exaltando a existência das mulheres. “Eu achei extremamente importante o projeto e me senti muito honrada, principalmente por fazer com que as mulheres se sintam valorizadas e despertar nelas a consciência do que elas são e fazem. Afinal, ser mulher é um desafio constante. Buscamos melhorar cada vez mais, não só profissionalmente, mas como pessoa. Somos muito competentes,  somos seres evoluídos, com uma visão ampla do mundo e que não precisamos nos colocarmos uma contra as outras. Então, não julguem outra mulher, principalmente sem saber qual é a história que existe por trás dela.”

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