Cabelo e autoestima

O que o cabelo representa na autoestima da mulher?

“O cabelo é um dos pontos que a gente identifica como culturalmente associado à feminilidade da mulher. Ele emoldura o rosto, e a mulher tem mil estratégias para colocá-lo como algo a favor da sua feminilidade: desde pintar, alisar e encaracolar, ou seja, está diretamente associado à autoestima da mulher na nossa sociedade”, explica a psicóloga Camila Moura.

O que acontece quando a mulher perde o cabelo involuntariamente?

De acordo com Camila, quando há essa perda de cabelo involuntariamente, ou seja, por causa de algum tratamento ou diagnóstico, não se fala mais só da parte estética do cabelo significar a feminilidade da mulher, e sim da perda de um ponto associado à sua feminilidade, em que não pode escolher e por isso, se sente impotente, o que abala sua autoestima.

Nesse caso, a mulher foi obrigada a perder os seus cabelos. Isso é diferente daquela que, por questão de estilo, escolhe raspar seu cabelo e utilizar mais adornos, como os brincos ou outras estratégias.

“Ao perder o cabelo a pessoa fica impossibilitada de ocultar o seu adoecimento. Se ela tem um diagnóstico grave de alguma doença, que não há queda de cabelo, consegue lidar com sua privacidade. No caso do câncer, em que se faz quimioterapia, ela não tem como ocultar esse adoecimento dos outros, o que dificulta a trajetória do tratamento e abala a autoestima”, salienta a especialista.

A escolha de raspar ou não os cabelos

Para Camila, essa escolha de raspar ou não raspar, raspar antes de cair ou não, é muito subjetiva porque algumas mulheres não conseguem ver seu cabelo caindo. Elas têm a sensação de estarem em decomposição, de seu corpo está desmanchando, o que pode ser muito pesado. Não existe um protocolo que deve se raspar antes ou não deve se raspar os cabelos. Isso depende de como a pessoa vai lidar com isso.

Conselho para as mulheres que estão perdendo cabelo e que não sabem como lidar com isso

* Para a pessoa que está perdendo cabelo em um tratamento, uma estratégia de enfrentamento é ressignificar a queda de cabelo como cura e não adoecimento.

* Tentar lembrar da transitoriedade das coisas num momento de perda de cabelo e de adoecimento pode enriquecer muito mais esse processo.

Redação: Farmácias Pague Menos
Fonte: semprebem.paguemenos.com.br

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