Infelizmente, não foi desta vez que o HEXA veio. Na última sexta, o Brasil foi eliminado pela Croácia, e como bons entendedores e apaixonados pelo futebol, começamos a questionar os motivos para a eliminação e como nos sentimos com relação a isso.
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Muitos reclamaram do técnico, outros dos jogadores, da arbitragem. Outros observaram a falta de um psicólogo para auxiliar o time com as suas questões emocionais. Atletas de alta performance estão expostos a todo tipo de questionamento e julgamentos e o acompanhamento psicólogo se faz necessário.
E os torcedores? Como ficamos com essa eliminação?
Fonte: Futebol em Foco
Ficamos tristes, claro. Incrédulos, afinal, o Brasil sempre foi considerado o país do futebol e um dos favoritos. Somos a única seleção que participou de todas as copas do mundo, e a única que tem 5 títulos.
Mas no esporte é assim. Há vitórias e há derrotas. E é preciso aprender a lidar com ambas. Saber que no esporte e na vida não temos garantia de nada. Na Copa, não importa apenas se o nosso time está bem preparado, há outras variáveis que envolvem o processo, o ambiente e condições climáticas, por exemplo. Foi a primeira copa em um país com características climáticas tão distintas e adversas.
Para lidar com a eliminação, é preciso colocar em perspectiva. A vida segue, mesmo com a eliminação. O trabalho continua, o estudo continua, os compromissos continuam. Assim é quando temos alguma perda em nossas vidas. A vida precisa seguir, apesar da perda.
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É mais uma forma também de compreender que na nossa vida há coisas que estão no nosso controle, e há coisas que não estão no nosso controle. E aceitar isso, é fundamental.
Diante do sentimento de tristeza e frustração, nesse momento, é essencial falarmos sobre como estamos nos sentindo, esgotar o assunto. Se permitir viver os sentimentos desagradáveis e entender que eles irão passar, e que daqui quatro anos estaremos juntos, torcendo novamente, resgatando a esperança.
Neste ano, parece-me que o brasileiro está sofrendo ainda mais com essa derrota. É uma impressão minha, uma leitura muito particular, posso, inclusive, estar enganada. Mas sinto que o brasileiro está tão dividido, tão polarizado, que o hexa, no meu ponto de vista, seria a cola que podia novamente unir os brasileiros. Acho também que por isso, a frustração esse ano parece estar maior, porque ao menos, seria uma alegria para o brasileiro, esse povo que tem sofrido tanto.
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E quanto à postura do técnico? O que vocês acham? Sem querer ter uma postura julgadora, pois desconheço as razões dele para este comportamento, mas me baseando nos conceitos de psicologia organizacional, o que a gente considera, é que o capitão deve ser o último a abandonar o barco. Vocês se lembram daquele acontecido com um avião no Rio Hudson em Nova York? Pois é, o Capitão Sully foi o último a sair do avião que estava destruído, depois que conseguiu salvar todo mundo.
Fonte: Brasil 247
Kátia Beal
Psicóloga – CRP 04/36616
