Se reinventando, casal passa atender novo nicho de pessoas em sua empresa
Sabemos que, durante a pandemia, de alguma forma todos os setores foram afetados, mas dentre eles, o mercado de eventos foi um dos mais prejudicados. Muitos empresários tiveram que desistir dos seus sonhos e fechar suas empresas, mas não foi o que aconteceu com a designer de interiores, Viviane Martins, de 45 anos.
Casada e mãe de dois filhos, Viviane é formada em design de interiores na UFU. Ela que, por muito tempo trabalhou em obras, há 15 anos tem sua própria empresa de eventos, em sociedade com o seu marido.
O seu interesse em investir no mundo de decoração de eventos surgiu ao procurar uma empresa de decoração para realizar o aniversário de dois anos de seu filho mais velho e não ter encontrado nada que chegasse perto daquilo que procurava.
No começo, tendo apenas 4 temas e sem muitas experiências, enfrentou algumas dificuldades em encontrar buffet que topasse fechar uma parceria com ela. Mas, ela ressalta que esses “portas na cara” foram importantes para o seu desenvolvimento e o de sua empresa.
Ciente de que assim como as demais áreas, o mercado de eventos está em constante mudança, a designer de interiores diz que atualmente, por conta da internet, é fácil conseguir inspirações, o que não acontecia a 15 anos atrás. Naquela época, para conseguir se manter por dentro das novas tendências, usavam-se as revistas e novelas para se inspirar.
Apesar de conseguir enxergar outras conquistas e dificuldades, Viviane se emociona ao falar sobre a pandemia. “Graças a Deus nós não precisamos demitir nenhum dos nossos funcionários, por conta da pandemia, mas tivemos que cancelar o contrato com eles. Eu e meu esposo continuamos trabalhando, continuamos montando mini table, o que não era o mercado que nós atendemos, nossas festas geralmente são mais elaboradas, mas fizemos para conseguir manter a empresa.”
Durante o seu período de pânico e de preocupação, por conta do afastamento social, ela garante que sua fonte de energias e de forças, para continuar, não desistir e se manter firme com os seus propósitos, além do seu próprio interior, foi a sua família.” Há muitos anos as mulheres pararam de ser só mãe e esposa, nós temos que correr atrás dos nossos interesses. Eu nunca me vi de outra forma. Às vezes até passa pela cabeça aquela história de, nossa que vontade de viver sendo sustentada, mas em questão de segundos essa vontade passa”
Emocionada com o projeto da revista, com honestidade, Viviane comenta sobre a satisfação de ter o ego massageado pelo prêmio conquistado. “Eu acho incrível estar aqui, para mim, foi uma honra ser indicada e uma honra maior ainda em ter todo esse retorno. Muitas ali mereciam estar nesse lugar, elas possuem histórias incríveis, e se valorizam entre si. Afinal, ser mulher, além de seguir os protocolos de Deus, sendo mãe e cumprindo sua função em casa e na família, é correr atrás e viver os seus próprios sonhos, adquirindo suas próprias conquistas, o que ficou nítido em todas ali.”
