Coworkings caem no gosto popular

Coworkings caem no gosto popular
Escritórios compartilhados tornam-se tendências
Escritórios compartilhados tornam-se tendências

Os escritórios compartilhados ou famosos por coworkings são tendências nas grandes metrópoles

Imagine um escritório onde você não tenha custo com funcionários, luz, água, internet, aluguel, mobiliário, entre outros. Esses são alguns dos motivos que tem levado muitos empreendedores, empresários e até profissionais informais a utilizarem um coworking.

O sistema de compartilhamentos de escritórios não é novidade, antes do século XX já há relatos de ambientes de trabalho compartilhados, mas em meados dos anos 2000 o modelo começou a ganhar força nos Estados Unidos e nos últimos dois anos, entrou em evidência.

Com a pandemia da Covid-19 e o isolamento social, inúmeras empresas optaram pelo sistema híbrido, consequentemente os funcionários adotaram o home-office. O novo estilo agradou à uma parcela da população.

Com o avanço da tecnologia, o crescimento das cidades e até questões econômicas, trabalhistas e políticas, são fatores que também levam vários empresários a optarem por compartilharem os escritórios.

Em Uberlândia, a Prefeitura inaugurou em agosto, o primeiro espaço público de coworking na cidade. Batizado de “UdiLab” a estrutura está localizada no Parque do Sabiá e é destinada para microempreendedores individuais, startups sem endereço fixo e profissionais que desejam realizar encontros de trabalho de forma gratuita.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Uberlândia
Foto: Divulgação/Prefeitura de Uberlândia

São três módulos de contêiner, todos com revestimento interno, tratamento térmico, ar-condicionado, mobiliário completo e recepção. Os usuários também podem contar com pontos de internet e impressoras a disposição. Ao todo são 12 estações de trabalho disponíveis para uso dos empreendedores.

A reserva do espaço é feita antecipadamente por meio da plataforma Udi Lab no Portal da Prefeitura. O atendimento ao público é de segunda à sexta-feira das 7h às 18h.

Na segunda maior cidade do estado de Minas Gerais, há registros da existência de pelo menos oito coworkings privados. Entre os proprietários desses escritórios compartilhados, está o do empresário Gabriel Guimarães, o Conceito Coworking, o espaço mais antigo do ramo atuando na cidade.

Jornalista com passagens por grandes veículos de comunicação, o profissional decidiu seguir um novo estilo de vida há cinco anos, tornando-se um dos principais da nossa região.

O jornalista e empresário Gabriel Guimarães - Foto: Nina Ramos/Divulgação
O jornalista e empresário Gabriel Guimarães – Foto: Nina Ramos/Divulgação

“Descobri sobre o Coworking em 2015. Eu era repórter do SBT local e fui escalado para fazer uma matéria em dois espaços de coworking que havia na cidade. O modelo era novidade e a reportagem me fez entender um pouco mais sobre o novo estilo de trabalho”.

Com o desejo de empreender, Gabriel optou em deixar o cargo como diretor de jornalismo em uma emissora de TV e optou por seguir para um novo mercado.

Sempre quis empreender. Como jornalista o caminho óbvio seria abrir uma agência de comunicação ou assessoria, mas não achava que era a minha praia. Já havia alcançado uma posição importante na comunicação e me vi naquela situação. Permanecer no mercado ou realizar o sonho de empreender? Escolhi a segunda opção. Foram meses de preparação, cursos, capacitação e nisso o Conceito Coworking surgiu como uma ideia, onde podia aliar meus conhecimentos de comunicador, minha experiência com gestão de equipes e ainda entrar em um mercado pouco explorado, até então”.

Em busca de soluções práticas e de baixo custo tanto para empresas quanto empreendedores, o modelo do coworking comercial é um dos que mais destacam-se nas grandes cidades e metrópoles.

“Entre os serviços que oferecemos hoje, estão os escritórios virtuais, salas privativas, salas de atendimento, de reunião ou apenas uma estação de trabalho. São várias opções, justamente para que encaixe no perfil de cada empreendedor, oferecemos planos mensais, diários e até semestrais”, destaca Gabriel.

Engana-se quem acredita que os escritórios compartilhados sejam destaque apenas entre o público jovem. O proprietário do Conceito Coworking destaca que hoje, o espaço é buscado por todo tipo de profissional.

“Atendemos todos os tipos de profissionais. Existe aquele que está começando um projeto, o que já possui um trabalho consolidado, mas que procura por uma dinâmica nova, moderna. É um público bastante diversificado”.

Uma das vantagens do escritório compartilhado é a flexibidade, destaca Gabriel. “Existem planos mensais, em modelos de contrato mais tradicional, mas também existe a locação por demanda: diária, período, hora. Enfim, sempre buscamos entender a demanda do parceiro, não gosto de tratar como clientes, e personalizar de acordo com a necessidade. Isso gera resultado pros dois lados.

Sem revelar os valores iniciais de investimento, Gabriel destaca o tempo necessário para atingir o ponto de equilíbrio, que no caso, foi entre os seis primeiros meses até o primeiro ano de atividades. O jornalista ainda comenta que em dois anos trabalhando de forma equilibrada é possível recuperar o investimento.

Com 100% da capacidade ocupada, o Conceito Coworking precisou suspender o serviço de locação de estações de trabalho individual. Gabriel acredita que em 2022 deverá ampliar a estrutura, possibilitando assim atender novos clientes.

Além disso, Gabriel reitera como ele acredita que nos próximos anos será o  futuro do mercado. “O futuro do trabalho é híbrido. O teletrabalho, o home office, o coworking, o escritório tradicional. Todas essas modalidades são complementares e convergentes. Eu por exemplo, sou um cara acostumado a trabalhar com pessoas, desde a minha época no jornalismo, então sou um entusiasta do trabalho presencial, da interação que podemos fazer no ambiente profissional. Mas ao mesmo tempo gosto de ter a liberdade de ligar meu notebook ou smartphone em qualquer lugar e poder resolver os problemas. O termo que temos utilizado hoje é: Anywhere Office, trabalhe em qualquer lugar. Essa já é realidade, no futuro será ainda mais.”

Jadir Júnior | Redação

Revista Soberana

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