Bora trabalhar? Políticas públicas e representatividade feminina

Bora trabalhar? Políticas públicas e representatividade feminina

Bora trabalhar? Políticas públicas e representatividade feminina

Bora trabalhar? Políticas públicas e representatividade feminina

“Me chamou a atenção a situação da violência doméstica e que seria necessária uma ferramenta que auxiliasse e proporcionasse segurança a elas”

Quem atua diretamente comigo ou se relaciona de alguma forma durante o meu dia a dia sabe que, despretensiosamente, tenho a mania de hora ou outra me expressar por meio do bordão “bora trabalhar?” ao fim de uma boa conversa.

Não se trata de algo dito como uma cobrança. Nada disso. Explico: o trabalho foi e é, para mim, a verdadeira ferramenta pela qual a sociedade pode, ao obter bons resultados, desenvolver-se com equilíbrio e justiça social. Ou seja, enxergo essa minha expressão como uma forma de tentar contagiar positivamente todos aqueles que, de certo modo, compartilham do sentimento de que o trabalho, com propósito, edifica.

Com a experiência de anos na vida pública, seja no Congresso Federal, seja à frente da Secretaria Municipal de Governo e Comunicação ou mesmo atuando ao lado do prefeito Odelmo Leão em várias empreitadas nesta longa jornada, posso afirmar que o que não faltou e não falta é a disposição para o trabalho. Vontade sempre subsidiada por um envolvimento profundo pelas causas de Uberlândia e pela necessidade de constante diálogo.

O trabalho, aliás, representa também a oportunidade para que as mulheres possam sim se empoderar e exercer na prática sua representatividade. Liderando uma pasta que tem como princípio a articulação entre o gabinete, as demais secretarias e a população como um todo, procuro aconselhar e auxiliar a gestão no desenvolvimento de projetos e programas que possam ser acessados de fato pelos moradores de Uberlândia. Não poderiam faltar, logicamente, aqueles voltados exclusivamente para a promoção e proteção da mulher.

Quando fui candidata à deputada federal tive contato com muitas mulheres. Me chamou a atenção a situação da violência doméstica e que seria necessária uma ferramenta que auxiliasse e proporcionasse segurança a elas. Nas nossas conversas com a área de assistência social e com as forças de segurança pública, vimos, também, a necessidade de uma ação que fosse além do que já era oferecido.

Não bastava o apoio psicológico e jurídico, por meio do Centro Integrado da Mulher (CIM), ou apenas deixar a conta na mão da polícia. Foi então que eu trouxe a ideia do aplicativo para celular “Salve Maria” para a Prefeitura de Uberlândia. Lançado em março de 2019, o aplicativo veio somar às demais políticas públicas municipais de atendimento à mulher.

A ferramenta nos trouxe a resposta, pois agiliza e facilita o pedido de ajuda, com menos burocracia e maior chance de realmente salvar a vítima. O “Salve Maria” já obteve mais de 13 mil downloads e ajudou centenas de mulheres em situação de violência, servindo de modelo a outras cidades como Patos de Minas (MG) e Aquidauana (MS).

Cabe ressaltar que essa política voltada à mulher, como exemplificado pelo aplicativo, não se trata de uma coisa pontual ou de uma luta isolada da minha parte. A verdade é que a causa integra, com seriedade, as diretrizes de todas as gestões do prefeito Odelmo Leão em vários aspectos.

Para se ter ideia da amplitude, basta verificar que, atualmente, 50% do nosso secretariado municipal da Administração Direta da Prefeitura de Uberlândia é composto por mulheres. Sem sombra de dúvidas, todas profissionais competentes e gabaritadas em suas respectivas áreas.

Há três anos, também fundei um movimento para que esse espírito de envolvimento nas políticas públicas alcance outras mulheres, ainda tão pouco representadas no meio político. Trata-se o “Marias de Minas”, que debate não só política, mas a participação feminina nos governos.

Esse é mais um aspecto da vida pública da qual nem sempre se fala: o desejo por mudanças extrapola qualquer cargo e se torna uma missão. Sigo buscando soluções, dentro e fora do Centro Administrativo Municipal, com atitudes. Então, bora trabalhar?

“Bora trabalhar? Políticas públicas e representatividade feminina” – artigo assinado por Ana Paula Procópio Junqueira

Secretária de Governo e Comunicação da Prefeitura de Uberlândia

Revista Soberana

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