O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta o desenvolvimento social, emocional e comunicativo de uma pessoa. Ele é conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), pois engloba uma ampla variedade de sintomas, níveis de gravidade e características individuais. O TEA geralmente se manifesta na infância e dura ao longo da vida.
De acordo com o DSM-5 (2014), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por dois domínios principais, sendo:
A. a presença persistente de déficits na comunicação social recíproca e interação social, e B. a exibição de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.
O critério A refere-se aos déficits duradouros na comunicação social recíproca e interação social, podendo se manifestar através de características como:
- Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal utilizadas para interação social;
- Ausência de reciprocidade social;
- Incapacidade de estabelecer e manter relacionamentos de amizade adequados ao estágio de desenvolvimento, entre outros.
O critério B aborda os padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, podendo incluir pelo menos duas características, tais como:
- Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais atípicos;
- Adesão excessiva a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;
- Interesses restritos, fixos e intensos;
- Hiporreatividade a estímulos sensoriais, entre outros.
Adicionalmente, o DSM-5 (2014) introduziu uma classificação baseada nos níveis de gravidade do TEA, considerando a quantidade de apoio necessário para lidar com as dificuldades apresentadas. Esses níveis são denominados como Nível 1 (exige apoio), Nível 2 (exige apoio substancial) e Nível 3 (exige apoio muito substancial).
Esses critérios e classificações são instrumentais para o diagnóstico e compreensão do TEA, auxiliando profissionais de saúde e educadores na identificação e oferta de suporte adequado para indivíduos com essa condição. As manifestações e a complexidade do desenvolvimento de crianças e jovens com TEA variam de acordo com o nível e idade, sendo cada um único ao expressar essas características.
É importante observar que cada pessoa com autismo é única, e as complicações que enfrentam podem variar consideravelmente. Abordagens de apoio personalizadas, intervenções precoces e programas educacionais adaptados e adequados podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e a autonomia das pessoas com autismo. O entendimento e a aceitação da diversidade no espectro autista são fundamentais para promover uma sociedade mais inclusiva e justa.
Um abraço!
Maria Fernanda
Referência:
DSM-5. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais [recurso eletrônico]: DSM-5 / [American Psychiatric Association; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento … et al.]; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli … [et al.]. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2014.
Parabéns pela matéria!! Ótimo a revista da abertura sobre esse assunto e levar informação as pessoas.
Parabéns! Excelentes pontuações!