Otimismo pós pandemia atinge a indústria em Minas

“Podemos observar que da mesma forma que tivemos um impacto negativo no início, começamos essa recuperação em V subindo novamente de forma mais acentuada a partir de agosto e continuamos crescendo.”

“O pior já passou”, sinalizou o analista de estudos econômicos da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), Izak da Silva. Ele afirma que ainda com muitas mudanças e adaptações que os industriários têm atravessado, o índice de confiança do empresário industrial subiu, reforçando, com isso, que estamos vivemos um momento de mais esperança e otimismo na classe produtiva.

O ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) cresceu pelo sexto mês consecutivo em 1,2 pontos, entre setembro (60,7 pontos) e outubro (61,9 pontos), mostrando que os empresários permaneceram confiantes pelo terceiro mês seguido. Foram observados aumentos nos dois componentes do índice – condições atuais e expectativas para os próximos seis meses. O indicador ficou acima do apurado em março (60,2 pontos) e aproximou-se do verificado em fevereiro (63,9 pontos), antes dos impactos da pandemia de Covid-19 na economia. O índice aumentou 2,1 pontos frente a outubro de 2019 (59,8 pontos) e foi 10,1 pontos superior à sua média histórica (51,8 pontos). O ICEI nacional ficou relativamente estável na passagem de setembro (61,6 pontos) para outubro (61,8 pontos).

A FIEMG Regional Vale do Paranaíba, sediada em Uberlândia, atende 12 sindicatos patronais de diferentes esferas e nichos industriais, com isso, através deste relacionamento com a indústria local, nota-se que muitas indústrias já estão vivenciando este novo ciclo.

“O mercado está aquecido, desde agosto o nível de negócios foi voltando, e os juros em baixa tem ajudado bastante também. Porém, temos agora um novo desafio, que é a falta de matéria prima em praticamente todos os setores industriais, contudo, a perspectiva de mercado em si continua em crescimento”, falou o empresário do setor de metal mecânica, José Alves. A Tecsteel, indústria liderada por José Alves e com 35 anos de mercado, produz anualmente aproximadas 2 mil toneladas de estrutura metálicas.

Para Pedro César Spina, presidente da FIEMG Regional Vale do Paranaíba, a indústria está se recuperando em uma chamada ‘recuperação em V’, na qual significa que depois de uma queda rápida da atividade econômica, ocorre uma alta na mesma intensidade.

 “Com a chegada da pandemia, a indústria sofreu muito nos primeiros meses. Com muitas incertezas, as empresas foram diminuindo e usando as ferramentas oferecidas pelo governo como redução de jornada dos funcionários, suspensão de contratos. Podemos observar que da mesma forma que tivemos um impacto negativo no início, começamos essa recuperação em V subindo novamente de forma mais acentuada a partir de agosto e continuamos crescendo. Tanto é verdade esse crescimento, que agora nós temos o que eu chamo de ‘bom problema’, disse Pedro Spina”.

Falando sobre matéria prima, continuou Spina: “Como muitas indústrias não esperavam esta recuperação vigorosa como está acontecendo agora, nós estamos com falta de matéria prima. Porém, ainda assim, as empresas que nos fornecem estes materiais essenciais, também estão retomando, aos poucos e com suas especificidades, seus fluxos normais, reafirmando, com isso, uma expectativa de regularização do mercado com mais equilíbrio para o mês de dezembro.”

Conheça todas as iniciativas realizadas pela FIEMG durante a pandemia para amparar não somente os industriários e empresários, mas a sociedade como um todo por toda a extensão do estado de Minas Gerais acessando o nosso site: www.fiemg.com.br/coronavirus.

FIEMG Regional Vale do Paranaíba

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *