A sala de aula invertida ou flipped classroom é uma abordagem educacional inovadora que redefine o papel do professor e do aluno.
Este conceito foi desenvolvido por Jon Bergmann e Aaron Sams, dois educadores norte-americanos, na década de 2000. Na sala de aula invertida, o conteúdo é disponibilizado aos alunos fora da sala de aula, geralmente através de vídeos ou materiais online, permitindo que eles estudem em seu próprio ritmo.
Através dessa metodologia de ensino, o estudante deixa de ser um agente passivo da aprendizagem e passa a ser protagonista. Ele deixa de ter o papel de apenas absorver a informação e passa a ser desafiado a aprender para ensinar.
Para aplicar esse formato de aula, o professor no início irá demandar de um esforço maior, pois precisará promover uma mudança de mentalidade tanto nos alunos quanto em suas famílias. Isso porque ambos estão acostumados a receber tudo pronto e nessa proposta, o professor sai do centro e se torna apenas o mediador do processo.
Os benefícios dessa estratégia são inúmeros. Ela promove a aprendizagem ativa, uma vez que os alunos absorvem o conteúdo antes das aulas, tornando o tempo na sala de aula mais interativo e centrado na resolução de problemas. Além disso, ajuda a individualizar o aprendizado, atendendo às necessidades específicas de cada aluno.
A sala de aula invertida é aplicável desde a educação infantil até o ensino superior, adaptando-se às diferentes faixas etárias e disciplinas.
Ela promove a autonomia dos alunos e o desenvolvimento de habilidades de organização e autodisciplina desde cedo.
Estudos têm demonstrado a eficácia dessa prática nas escolas, mostrando melhorias no desempenho acadêmico e no envolvimento dos alunos. A abordagem também ajuda a reduzir a evasão escolar, pois torna o aprendizado mais interessante e significativo.
De acordo com os estudiosos da Escola da Inteligência, para transformar a sala de aula invertida em realidade, é preciso que algumas mudanças e um bom planejamento sejam feitos, como:
- estudar bem a metodologia antes de aplicar;
- treinar o corpo docente;
- escolher materiais e recursos tecnológicos com aliados ao processo;
- preparar toda comunidade escolar para a inserção dessa metodologia;
- ter clareza nas formas de avaliação;
- promover momentos de trocas lúdicos e sistematizados.
Para se aprofundar nesse tema, três livros altamente recomendados são: “Sala de Aula Invertida: Uma Metodologia Ativa de Aprendizagem” de Jonathan Bergmann e Aaron Sams, “A Sala de Aula Invertida: Uma Visão Completa” de Robert Talbert e “Aprendizagem Invertida: Personalização do Ensino e Transformação do Aprendizado” de Flávio Mendes.