Nesta semana a revista Exame disponibilizou um artigo que relata que o Brasil está em 2° lugar no ranking de 37 países, que possui jovens sem estudar e trabalhar. Os jovens “nem-nem” como a própria revista nomeia, estão com a faixa etária entre 18 a 24 anos e não possuem trabalho e/ou estão matriculados em escolas.
As causas são variadas, e durante a pesquisa “a quantidade de jovens que estavam sem estudar e sem trabalhar variam conforme a renda familiar, mas se encontram nesta condição principalmente os mais pobres” relata o texto que diz que muitos exercem funções domésticas, de cuidado com crianças ou idosos entre outras atividades que não são registradas e/ou cadastradas.
Um outro fator que contribuiu para esta estatística, foi a pandemia em que muitos precisaram interromper seus estudos e formações profissionais. De fato, este foi um agravante e um retardo para muitas as pessoas, não somente jovens.
Mas, gostaria de levantar uma questão que vai além: quantos pais e famílias tem sido permissiva com as escolhas de seus filhos? Percebemos que os jovens, cada dia mais precocemente tem escolhido seus caminhos e feito suas escolhas profissionais e pessoais.
Sim, vivemos numa modernidade que tem permitido essas escolhas, apesar do Brasil ser um país conservador em que a maioria dos jovens permanecem até a vida adulta na casa dos pais e responsáveis.
Quero frisar que a questão não é a idade, mas a imaturidade da maioria dos jovens ao fazer suas escolhas. Os jovens tem se dispersado com outras questões, entendendo que não precisam de muitos estudos, que as atividades informais resolvem necessidades e questões momentâneas não dependendo de um planejamento a longo prazo. Lógico que não se trata de todos, mas de uma grande parte.
A cada dia em que atendo os jovens e adolescentes confirmo esse posicionamento: poucos pensam no futuro a longo prazo. O trabalho e os estudos são um componente importante do projeto futuro de qualquer jovem. Desejam fazer apenas planos e projetos curtos, que não demandam de grandes esforços. Muito imediatismo e pouca consciência de suas próprias vidas e realidades.
Mas enfim, penso que essa reportagem nos trouxe um grande alerta: por que estes jovens estão nesta condição? Lógico que não podemos deixar de dizer que as condições sócio econômicas são em muitas vezes determinantes e delimitadora. No entanto, como dito anteriormente, percebo os jovens cada dia mais acomodados e não buscando alternativas para se destacarem.
São muitas as questões que poderíamos levantar aqui…. mas gostaria de saber de você: concorda com estas informações? Acredita que os jovens estão mesmo “nem-nem”, independente do motivo? Deixe abaixo seus comentários.