Classificada como um transtorno de controle dos impulsos e faz parte do mesmo espectro do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), a tricotilomania é um distúrbio comportamental caracterizado pelo impulso incontrolável de arrancar os pelos do corpo.
As pessoas que sofrem deste transtorno tendem a puxar e arrancar os fios de cabelo da cabeça, braços, cílios, sobrancelhas (mais comuns) e demais pelos do corpo podem ser afetados. Geralmente a pessoa não percebe que tem este impulso e quando se percebe, não consegue parar.
É o que acontece com a Amanda Meirelles, participante do reality show, Big Brother Brasil 2023 da emissora de TV Globo. Quem acompanha o programa provavelmente observou que ela tem o hábito de arrancar o próprio cabelo da cabeça e até usa os fios como fio dental.
Ela tem uma falha no couro cabeludo que foi percebido por outra participante do programa, a cantora Aline Wirley que conversou com ela pedindo que não mais arrancasse seus cabelos e ao invés de responder, Amanda pediu um abraço, que comoveu os telespectadores ao assistir a cena.
Em uma conversa com outra participante Bruna, a médica relatou que além de arrancar os fios da cabeça, ela também já teve o hábito de arrancar os pelos do braço com a pinça.
Conforme pesquisas da área, não se sabe ao certo a causa inicial, mas acredita-se que está relacionado à saúde mental da pessoa e o fator e grau de estresse e ansiedade contribui para o quadro relacionado.
No caso da tricotilomania, os quadros podem ser compulsivos, quando a pessoa escolhe a hora, o tipo de fio (fino, grosso, grande o pequeno), utilizam de objetos (pinças, tesouras) para arrancar os pelos.
Já os emocionais, tem “mais consciência” de sua compulsão e arrancam de qualquer jeito. Em alguns casos, brincam, enrolam os fios nos dedos, comem e engolem (tricofagia), podendo gerar futuramente complicações e intervenções clínicas.
Quando se percebe este tipo de comportamento, a ajuda profissional se faz necessária. É preciso uma análise para entender em qual grau a compulsão se encontra e isso é analisado por ele. Geralmente o tratamento é feito com uma equipe multidisciplinar (dermatologistas, psicólogos, coach, terapeutas entre outros), usando algum tipo de antidepressivo, aliado a terapia e mudanças de hábitos.
Agora me diga, conhece alguém com esta compulsão?