Você conhece alguém que mente exageradamente? Uma pessoa que conta histórias de forma consciente, falseando e deturpando a realidade? E que de tamanha habilidade acaba acreditando naquela história que criou? Então provavelmente você está diante de uma pessoa mitomaníaca.
A mitomania é a compulsão por mentira. A pessoa possui vontade constante de dizer mentiras e com isso cria situações fantasiosas na maioria das situações em que se encontra e sem motivo aparente.
Mas não se trata de pequenas mentirinhas “sociais” como costumam-se dizer: “Cheguei atrasado por causa do trânsito” ou ainda “Esqueci o material em cima do sofá”, sendo que nem se lembrou. Quem nunca fez uma “mentirinha”, não é mesmo? Isso é considerado uma mentira comum para justificar uma falha, no entanto o mitomaníaco, disfarça a realidade e mente para ter vantagens em quase todas as situações do dia-a-dia.
Recentemente vivi uma situação em meu condomínio residencial em que uma vizinha pedia pequenas quantidades de dinheiro emprestado (sem precisar), a partir daí criava-se histórias mirabolantes para atrasar o pagamento. Uma hora não estava em casa, outra hora estava viajando e ali a imaginação corria solta como se fosse uma novela com várias cenas. Posso dizer surreal. O problema não era a falta do dinheiro, mas sim a necessidade de mentir para depois pagar. Apesar de ter pago todas as pessoas (aproximadamente 20) ela criava um cenário imaginário.
Quando as mentiras são muito discrepantes em relação à realidade, é mais fácil de identificar o comportamento compulsivo. Elas respondem de forma elaborada a perguntas rápidas. Elas também tendem a esconder a família, o lugar onde mora e até mesmo o trabalho. Outro detalhe, são de poucos relacionamentos. Geralmente mantem contato com várias pessoas distintas que não são do mesmo grupo de amizades para que assim possa mentir de forma variada.
Portadores dessa condição geralmente não sentem culpa por mentir, por contar histórias mais felizes ou mais tristes. Eles descrevem fatos e histórias de forma detalhada, criando um cenário muito real e ainda contam versões diferentes das mesmas histórias. Contudo, é na convivência que se percebem as mentiras constantes e a falta de nexo com a realidade.
Trata-se de uma doença psíquica, as causas não são totalmente conhecidas, no entanto, estudos indicam que podem surge por decorrência de antecedentes traumáticos.
O tratamento tem cura e é indicado as sessões de psicoterapia onde os profissionais ajudarão a identificar quais são os verdadeiros motivos das criações das mentiras, auxiliando a um novo comportamento e mudança de hábitos. Fique atento!
Pior que existe um número grande de pessoas, precisando de ajuda.
Sim Sr. Antônio. Muitas delas nem reconhecem essa patologia.