Quando a pressão por performance se transforma em problema de saúde mental. Saiba mais.

Vivemos em uma era em que a alta performance virou sinônimo de valor pessoal. Ser produtivo, atingir metas e manter uma imagem impecável se tornaram exigências silenciosas que moldam comportamentos, pensamentos e até a forma como nos relacionamos com nós mesmos. No entanto, o que começa como um desejo legítimo de crescer e se destacar, facilmente se transforma em uma armadilha emocional, um ciclo de cobrança interna que corrói o bem-estar e compromete a saúde mental.

Do ponto de vista psicológico, essa armadilha está fortemente ligada a mecanismos de autoimagem e validação externa. Muitas pessoas passam a associar seu valor àquilo que entregam, e não ao que são.

Essa relação distorcida entre identidade e desempenho alimenta sentimentos de inadequação, culpa e medo constante de falhar. O resultado é um estado de hiperativação emocional, em que o sistema nervoso vive em alerta, como se o fracasso fosse uma ameaça real à sobrevivência.

Fonte: https://www.buscacliente.com.br/blog/agencia-de-performance/

A psicologia cognitiva explica que, sob pressão constante, o cérebro tende a operar em modo de defesa, priorizando respostas automáticas e reativas. Surge então o perfeccionismo, a procrastinação e até o esgotamento. Já a psicologia humanista destaca a desconexão que ocorre entre o ser e o fazer, quando o indivíduo deixa de agir por propósito e passa a agir apenas por aprovação.

O mais perigoso é que essa pressão, socialmente aplaudida, é muitas vezes romantizada. A frase “dar o seu melhor sempre” se transforma, inconscientemente, em “nunca ser suficiente”. E nesse ponto, o esforço deixa de ser saudável e passa a ser autodestrutivo.

Eu vivi por anos com essa pressão de performance quando trabalhava em banco. Só que quando vivia eu não compreendia. Somente depois de deixar para trás uma carreira de 23 anos de atividade bancária foi que eu entendi: transferia toda aquela pressão em um problema de saúde mental para mim mesma. Isso porque não temos como escolher em qual momento vamos buscar a melhor performance. Ela se transfere para todas as áreas de nossas vidas e então vira um ciclo vicioso.

Reconhecer os limites, buscar pausas e ressignificar o conceito de sucesso são passos fundamentais para quebrar essa lógica. A verdadeira performance nasce da integração entre equilíbrio emocional, propósito e autocompaixão — não da exaustão disfarçada de força.

Cuidar da mente não é um luxo, é uma necessidade vital. Afinal, nenhuma meta vale o preço da nossa sanidade.

Fonte: https://pt.linkedin.com/pulse/saiba-como-evitar-o-esgotamento-profissional-marcio-atalla

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