No dia 23 de agosto de 2024, 16 sociedades científicas, incluindo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), participaram de uma audiência pública na Secretaria de Atenção Especializada à Saúde.
O tema discutido foi a “Proposta de Resolução a ser encaminhada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária” (ANVISA), que visa proibir a fabricação, importação, manipulação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de medicamentos com ação hormonal em tipos farmacológicos manipulados, combinações, doses ou vias não registradas na ANVISA em todo o território nacional.
As sociedades médicas estão alinhadas às mesmas recomendações do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Há relatos de efeitos colaterais desses tratamentos que podem ser graves, como infarto agudo do miocárdio, tromboembolismo, acidente vascular cerebral, além de complicações hepáticas, dermatológicas, psiquiátricas, renais, musculares e infecções associadas aos implantes.
Ademais, não há controle sobre o que é inserido nesses implantes, e faltam pesquisas científicas de qualidade sobre seus reais objetivos e seus possíveis efeitos adversos. Aqui se incluem os implantes de gestrinona e os caríssimos implantes pra menopausa que prometem resolver todos os problemas do climatério.
O único implante aprovado é o IMPLANON (implante subcutâneo de etonogetrel, nome comercial sem conflitos, pois único disponível no Brasil para essa finalidade). Esse método é indicado para contracepção e melhora de sintomas menstruais, com estudos, bula, recomendações por sociedades médicas mundiais além da Organização Mundial de Saúde (OMS) e respaldo da ANVISA.
Informações e ações das sociedades e instituições são claras. Que cada paciente seja devidamente informada para não cair em armadilhas. Importa tomar decisões conscientes, com bom-senso e sabedoria com sua saúde, seu bem maior.
Dra. Gisele Vissoci Marquini
CRM 34170 MG RQE 19701
Ginecologia geral/ Uroginecologia/ Cirurgia Vaginal
Fonte de pesquisa e imagens: FEBRASGO oficial.
Isso não é uma forma discriminatória em relação aos implantes criados pelo cientista brasileiro Elsimar Coutinho?