Quem cresceu com irmãos sabe que as brigas fazem parte do cotidiano. Por mais que sejam unidos, amigos e companheiros as desavenças sempre acontecem em qualquer família. É uma realidade desafiadora para os pais e responsáveis.
Ainda que se corrija, explique, repita a orientação parece que as brigas não cessam, não acabam. Os filhos maiores dizem que os caçulas são mimados, preferidos e protegido pelos pais, os filhos menores em contrapartida dizem que os grandes “acham que mandam”, que os pais dão mais autonomia e privilégios a eles. Uma imensidão de acusações e acaba “sobrando” para os pais.
E quanto mais filhos se tem, mais as desavenças acontecem. Parece cenas de novela. Quando os responsáveis chegam, a briga já está pronta e as argumentações estão na ponta da língua de cada um que quer se defender com seu ponto de vista unilateral, claro.
Mas por que isso acontece? Independente do sexo, da idade ou da relação, as crianças e jovens estão em formação de personalidade e estes conflitos fazem parte da busca por autonomia, do entendimento com si e com o mundo ao seu redor além da diferença de personalidades.
Sabemos que fatores genéticos, a diferença da idade e de posição, amizades, diferenças na forma de tratamento entre os filhos são agravantes para este cenário conflituoso.
Outra questão também a ser mencionada são os ambientes e fatores familiares que podem ou não ser acolhedores, influenciando diretamente o comportamento e a conduta da criança.
Embora haja amor, respeito e a ideia de família, a sociedade deixa implícito de que não se deve haver brigas e desavenças entre irmãos, mas isso não é uma realidade a ser questionada. Até entre os cônjuges existe desacordos, brigas por que não haveria entre irmãos?
Essas desavenças que muitas vezes ocorrem diariamente devem ser recebidas, vistas e encaradas com naturalidade, paciência e tranquilidade. A postura dos pais diante de brigas é fundamental para que as crianças vão entendendo as regras de conduta e principalmente entenderem sobre suas emoções e o controle delas.
Dessa forma segue algumas dicas para lidar com essas relações: saiba o momento certo para intervir, a conversa sempre será o melhor caminho, evite reforçar os papéis, dê atenção necessária aos dois lados da história e seja justo, evite punições excessivas, promova a relação afetiva entre os irmãos, proponha que eles encontrem juntos a solução do problema.
Por isso é importante que a família compreenda que isso é normal e que saiba conduzir de forma apaziguadora e amorosa os impasses que surgirem. Estar atento a forma como trata cada filho e atenção direcionada a cada um é fundamental para que não estimule as desavenças e não estimulem as brigas.
Saiba: o amor sempre vence! Por isso fique tranquilo que esta fase passará!