Gaúcho tem muito orgulho de suas raízes e trabalha cuidando de bois
Quem conhece Matteus, de apenas 27 anos, não faz ideia de sua história de vida. Natural de Alegrete, no Rio Grande do Sul, ele foi abandonado pelo pai quando sua mãe ainda estava grávida. Aos 5 anos de idade, com o novo casamento da matriarca, veio a admiração pelo padrasto – que passou a ser sua figura paterna de referência.
Ainda na infância, o alegretense sentiu o peso do bullying na escola: seu sotaque carregado e seu jeito tradicional de se vestir viraram assunto entre os colegas de classe. Dentro dos campos, quando praticava futebol, a bombacha e a bota eram partes imprescindíveis do uniforme. O estudante de Engenharia Agrícola chegou a participar, até mesmo, do Mister Brasil.
Sua mãe o inscreveu para que perdesse um pouco da timidez, mas ele conta que nunca conseguiu alcançar as maiores posições da competição, uma vez que seu coração está no cuidado com as plantações e animais. “Sou simples. Cato bosta e domo cavalos”, orgulha-se ele, que trabalha em uma propriedade onde seu padrasto é o capataz.
Um menino coração
Assumindo que corre o risco por ser “bonzinho” em muitos dos momentos de sua vida, Matteus se considera como alguém que é chorão – principalmente quando o assunto é sua família. Ele mora com a avó, Dona Neuza, e se derrete toda vez que fala dela.