Desde que eu comecei a atender em consultório, quando chega essa época do ano, tenho recebido 3 tipos de pacientes: os que amam essa época, os que são indiferentes, e os que odeiam essa época.
Mas como assim, odiar essa época? Não gostar de Natal e das festas?
Eu vou explicar:
Dezembro é um mês, em que parece que tudo fica muito acelerado. Na escola são as provas finais, trabalhos acumulados, o fantasma da recuperação. No trabalho são os balanços de final de ano, o fechamento de contas, as férias dos funcionários e parte do time reduzido. Tem gente que gosta de fazer reforma para receber amigos e familiares em casa para as festas. Aí fica a correria com a obras. Somado a isso as confraternizações, o amigo oculto, fazer as compras para a ceia, comprar roupas e presentes para essas ocasiões, arrumação de casa, a busca pelos itens das superstições de final de ano, tudo isso com as lojas lotadas, filas e mais filas organizar a viagem, e ainda ter que continuar fazendo as atividades habituais. Ufa, só de escrever eu já cansei haha
E você que está lendo?
Cansou também? Sentiu ansiedade?
Fonte: Site Homem no Espelho
Pois é, e com base nisso que eu falei, é que surge a DEZEMBRITE ou SÍNDROME DE FINAL DE ANO. Logicamente, esse não é um diagnóstico oficial, mas de acordo com o ISMA-BR (Internacional Stress Management Association Brasil) que divulgou uma pesquisa realizada em 2019, em que se observa que o nível de estresse do brasileiro aumenta, em média, 75% no último mês do ano.
A extensa lista de compromissos, atividades e coisas para colocar em dia, em dezembro, pode causar muita ansiedade, angústia e tristeza. Isso porque, ainda, além dessa correria toda de final de ano, vem o tal “então é Natal, e o que você fez?”, em que não só a correria, mas também a autocobrança pelo atingimento (ou não) das metas do ano e sobre as realizações pessoais e profissionais.
Fonte: G1
A Dezembrite então, é um conjunto de sintomas que podem trazem prejuízos tanto para a saúde física quanto para a saúde mental. Em Dezembro, as pessoas refletem sobre suas conquistas e fracassos ao longo do ano. E aí quando as pessoas percebem pouca produtividade, conflitos, menos sucesso do que planejou, vem a ansiedade, a tristeza e o estresse. E aí se sentem com a autoestima baixa, com sensação de ter realizado pouco, e a vulnerabilidade emocional faz com que sintam péssimas, não curtindo tanto assim, essa época do ano. Muito em função da maneira como percebem como foi o seu ano.
Fonte: liberal.com
No próximo post, vou explicar um pouco mais sobre essas questões e dar algumas dicas de como mudar isso para não sofrer com a Dezembrite no ano que vem…
Até lá…
Kátia Beal
Psicóloga – CRP 04/36616