O ano começa e termina com várias datas comemorativas. Começamos pelo mês de janeiro período de muito gastos com as férias escolares e início escolar, depois vem o carnaval, páscoa, dia das mães, namorados, pais, Black Friday, natal, Copa do Mundo e por aí vai.
Sabemos que a cada dia mais os comerciantes tem investido mais e mais nos planejamentos estratégicos, treinamentos de colaboradores e marketing afim de proporcionar experiências inesquecíveis aos consumidores. E assim, com tantas ofertas não paramos de consumir.
A prova disso foi que neste dia 12 de novembro, no shopping Vila Olímpia, em São Paulo a loja Shein inaugurada neste mesmo dia “virou ponto de romaria”, formando uma fila de mais de 7.000 pessoas para entrar e consumir conforme o jornal “Folha de São Paulo”. Neste objetivo de comprar, as pessoas ficaram várias horas na fila aguardando por sua vez.
E quem nunca gastou mais do que deveria, não é mesmo? Uma coisinha aqui, outra ali, as vezes empolgamos e compramos algo que não estava planejado. Isso é normal. O problema está quando isso é recorrente e constante.
Quando os impulsos e desejos se tornam mais fortes que o seu autocontrole gerando uma ansiedade pela necessidade do consumo, chamamos de Oniomania. Trata-se de um transtorno compulsivo.
O vício pelas compras funciona como qualquer vício de dependência química. A pessoa fica obcecada para adquirir qualquer objeto para sentir o prazer imediato e depois se sente extremamente culpada. Isso porque muitas vezes funciona como uma “válvula de escape”, fuga, sendo uma solução para um sentimento de ansiedade,depressão, frustação, revolta, tristeza, rebeldia, entre outros.
Uma pessoa com este transtorno possui algumas características: pensa constantemente sobre o que comprar (preocupação excessiva), faz compras para aliviar alguma sensação ruim ou dolorosa, perde a noção do tempo quando está comprando, gostam de fazer compras sozinhos para não serem criticados, repreendidos ou julgados. Também gastam mais do que o planejado e mesmo assim compram de novo (geralmente fazem empréstimos quando não dão conta de cobrir os gastos).
Você deve ter parado para pensar nisso e se conhece alguém com este perfil não é mesmo? Saiba que este vício deve ser tratado por profissionais que ajudem a entender os sentimentos que envolvem este impulso, além de compreender o verdadeiro sentido das compras já que o portador da doença continuará comprando e terá que aprender a conviver de forma que não mais o afete.
O ser humano é voltado para os prazeres imediatos, então tenha em mente que neste final de ano devemos ficar atentos com as “armadilhas” criadas para nosso consumismo. Serão inúmeras as oportunidades. Autocontrole neste período é fundamental. Fiquem atentos (as)!
