Como combater a acne?

Como combater a acne?

Como combater a acne?

Como combater a acne?

Temida por adultos, crianças e adolescentes, o problema pode ser controlado com ajuda médica

Atire a primeira pedra quem não tem pavor em ver uma espinha ou cravo no rosto! Em um primeiro instante, a vontade é de espremer e retirar logo o que te incomoda. Mas você sabia que a acne, que é muito comum em crianças e adolescentes, possui tratamentos? Nesta reportagem você conhecerá mais sobre os principais tipos de acne, como combatê-la e formas de prevenção pós tratamentos médicos.

Antes, é importante entendermos o conceito de acne. “Acne é o nome dado a espinhas e cravos que surgem devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos polissebáceos” explica a dermatologista Dra. Caroline Perillo, que ainda salienta os principais tipos existentes.

Acne Neonatal: Esta forma de acne ocorre em cerca de 20% dos recém-nascidos. Normalmente se manifesta por conta de hormônios que o bebê recebe da mãe, ou por conta do estresse do parto. As lesões desaparecem em pouco tempo.

Acne Infantil: Presente em crianças de três a 16 meses, geralmente desaparece por volta dos 2 anos de idade, não deixando cicatrizes.

Acne Medicamentosa: Surge como consequência do uso de alguns medicamentos, como anticoncepcionais, suplementação prolongada ou excessiva de vitamina B, tratamentos hormonais ou corticoides.

Acne Vulgar: É o tipo mais comum da doença. Manifesta-se na adolescência por conta do excesso dos hormônios sexuais.

Acne Conglobata: Muito raro, este tipo de acne geralmente acomete homens jovens e é caracterizada por lesões graves. Em muitos casos, o paciente fica com cicatrizes.

Acne Fulminante: Caracteriza-se por uma forma mais grave da Acne Conglobata. Em muitos casos, manifesta-se no peito e costas. Neste tipo de situação, os pacientes podem sofrer com dores musculares, febre e até dores nos ossos.

Conhecido os tipos, é importante salientar que o diagnóstico no paciente deve ser realizado por um médico dermatologista. A Dra. Caroline Perillo reforça também a importância de identificar características que contribuem para o diagnóstico correto, que é possível graças aos graus da doença.

Acne Grau I (não inflamatória ou comedônica): presença apenas de comedões (cravos), sem lesões inflamatórias (espinhas).

Acne Grau II (pápulo-pustulosa): comedões, pápulas e pústulas.

Acne Grau III (nódulo-cística):  comedões, pústulas e cistos.

Acne Grau IV (conglobata): comedores, pústulas e lesões císticas maiores que podem se interconectar pela pele, formando “túneis”.

Acne grau V (acne fulminante): uma forma rara de acne em que, além das espinhas, surgem outros sintomas como febre, dor nas articulações e mal-estar.

Muito comum entre os adolescentes, a acne tem se desenvolvido cada vez mais cedo. A patologia também atinge adultos, principalmente mulheres. Além do rosto, é possível que a acne se manifeste em outras partes do corpo, como costas, pescoço, braços e até o peito.

Alterações hormonais, predisposições genéticas, níveis elevados de estresse e uso de medicamentos específicos, são alguns causadores.

“Alimentos com alto índice glicêmico, como açúcar e farinha branca, podem também colaborar para o surgimento de acne. Cosméticos com formulações e texturas oleosas também favorecem”, afirma a doutora.

Outro assunto que permeia a acne é com relação ao chocolate. Será que consumir o doce pode agravar os casos? A dermatologista responde sobre o assunto. “Não existe comprovação científica de que o chocolate possa causar a acne, mas como cada paciente reage de uma forma, sempre oriento a observação, se ao consumir o chocolate notar o aparecimento de espinhas, é importante evitar a ingestão”, explica a médica.

Outro tabu envolvendo o assunto é com relação ao fato de espremer aquela espinha ou cravo indesejável, o hábito pode trazer consequências sérias para o paciente. “Espremer espinhas e cravos pode parecer uma atitude normal, mas o hábito pode trazer problemas severos para a pele. Ao espremer esses pequenos pontos, podemos causar lesões nos rostos que podem levar a infecções, manchas e cicatrizes”.

Atualmente, são vários os tratamentos médicos disponíveis para combater a acne. O primeiro passo é passar por uma consulta com um dermatologista. Independente dos tratamentos médicos, que podem variar, é importante manter o cuidado com a pele. “O cuidado com a pele deve acontecer independente de acne ou não, entre esses cuidados destaco a higienização da pele, remoção diária da maquiagem, uso de produtos oil-free ou não comedogênicos (incluindo o protetor solar”.

Sobre os principais tratamentos, Dra. Caroline Perillo esclarece sobre os principais mitos a respeito do assunto. “O tratamento varia de acordo com a gravidade e a localização, cada caso é um caso. Hoje, temos tanto terapias local quanto por meio de via oral, por exemplo. Em formas mais leves da patologia, é possível realizar um tratamento com produtos que já existem no mercado. Já para casos em que o grau é mais severo, é necessário o uso de antibióticos específicos”.

Quando o paciente não apresenta uma boa resposta aos primeiros tratamentos prescritos, Dra. Caroline esclarece sobre o uso do Roacutan. “Em casos em que se percebe uma tendência para cicatrizes ou um impacto negativo na qualidade de vida, indicamos o uso do Roacutan, destacando-se que o uso deve ser realizado apenas com indicação e acompanhamento médico e laboratorial”.

Procurar um bom médico, manter os hábitos de higiene com o corpo e seguir uma alimentação saudável são alguns dos cuidados que todos nós devemos ter. Tratamentos médicos realizados no tempo certo e com consultas periódicas em grande parte resolvem os casos. Além disto, pacientes que apresentam cicatrizes e marcas de espinhas podem optar por complementar o tratamento com aplicações de laser melhorando assim o tecido e estimulando a produção do colágeno.

Jadir Júnior | Redação

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