Regras do Minha Casa Minha Vida mudam: será que agora o imóvel cabe no seu bolso?

Alteração aprovada pelo Conselho do FGTS corrige defasagem de preços e libera mais opções de imóveis populares em grandes cidades.
O Conselho Curador do FGTS aprovou por unanimidade, no dia 11 de Novembro, o aumento do valor máximo dos imóveis do Minha Casa Minha Vida (MCMV) para famílias com renda de até R$ 4.700 mensais. A decisão, define que o teto sobe de R$ 264 mil para até R$ 275 mil nas cidades de grande porte, com reajustes proporcionais em municípios menores.
A mudança tem impacto direto para famílias das faixas 1 e 2 do programa, que vinham enfrentando dificuldades para encontrar unidades dentro do teto anterior. Segundo o especialista em financiamento imobiliário Murilo Arjona, a atualização era urgente diante da alta acumulada dos custos da construção civil e da valorização de terrenos em regiões metropolitanas. “O mercado já não conseguia mais ofertar imóveis compatíveis com o limite antigo. Com o reajuste aprovado, famílias que estavam sendo excluídas voltam a ter acesso ao programa”, afirma.
O governo argumenta que o ajuste recompõe o poder de compra, acelera novas contratações e alimenta a cadeia produtiva da construção civil. O novo teto está integrado ao orçamento de habitação aprovado para início ainda em 2025, que destina R$ 144,5 bilhões do FGTS ao setor . A medida também acompanha outras iniciativas recentes, como o aumento do valor máximo do SFH, anunciado em outubro.
Para o comprador, os efeitos são imediatos: mais imóveis passam a se enquadrar no programa, ampliando as opções disponíveis. Além disso, a elevação do teto tende a reduzir a competição por poucas unidades dentro do limite anterior, o que favorece famílias que enfrentavam longas listas de espera. O especialista reforça que o momento é favorável para compra: “O aumento do teto torna o programa ainda mais acessível. No Minha Casa Minha Vida, especialmente na faixa 2, as taxas são tão baixas que chegam a ser praticamente negativas quando comparadas à inflação do período. Por isso, sempre digo que: se a pessoa pode comprar, ela deve comprar. É uma oportunidade real de entrar no mercado com condições que dificilmente existem em outras modalidades.”
A decisão também deve impulsionar novas construções. O voto unânime do Conselho Curador ocorreu justamente para destravar projetos que ficaram inviáveis com o teto congelado por anos . Em regiões metropolitanas, onde o preço do metro quadrado cresceu acima da média nacional, o reajuste pode destravar lançamentos e reduzir gargalos de oferta.
Com a aprovação, as novas regras entram em vigor imediatamente para os municípios enquadrados. Agentes financeiros e construtoras já começam a atualizar seus sistemas para incorporar os novos valores. Murilo orienta que famílias interessadas busquem rapidamente um corretor de confiança ou um correspondente bancário: “É a hora ideal para quem estava esperando. O aumento realinha o programa à realidade do mercado e abre portas para milhares de brasileiros”.
Fonte: Murilo Arjona – Especialista em financiamento imobiliário

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