
O tufão Kalmaegi, conhecido localmente como “Tino”, atingiu o arquipélago das Filipinas entre os dias 3 e 4 de novembro de 2025, provocando uma das maiores tragédias climáticas do ano no país. Segundo a Associated Press, o número de mortos subiu para pelo menos 85 pessoas, enquanto 75 continuam desaparecidas após a passagem do fenômeno pela região central.
A província de Cebu foi a mais atingida, com mais de 40 mortes confirmadas e milhares de casas destruídas. De acordo com o governo local, inundações repentinas arrastaram veículos, destruíram pontes e deixaram centenas de famílias ilhadas. O tufão também provocou deslizamentos de terra e o colapso de parte da rede elétrica, deixando cidades inteiras sem energia.
Na ilha de Mindanao, um helicóptero militar que participava de uma missão de resgate caiu devido às fortes rajadas de vento, matando seis tripulantes. As forças armadas filipinas informaram que continuam as buscas por desaparecidos, enquanto equipes de resgate tentam alcançar áreas completamente isoladas.
De acordo com a Reuters, mais de 400 mil pessoas foram deslocadas de suas casas em todo o arquipélago. A Cruz Vermelha filipina declarou situação de calamidade em várias regiões, reforçando a necessidade urgente de alimentos, água potável e abrigo para os desabrigados.
O Instituto Meteorológico das Filipinas informou que Kalmaegi já perdeu força e se desloca em direção ao Mar da China Meridional, podendo atingir o Vietnã nos próximos dias. Ainda assim, o país segue em alerta para novas chuvas e possíveis enchentes secundárias.
Especialistas em clima alertam que eventos como esse se tornam cada vez mais frequentes e severos na Ásia-Pacífico, resultado direto das mudanças climáticas globais.

