Toda criança é fruto de suas relações familiares. Os pais, mãe e pai, ensinam os limites da vida, os valores éticos e morais que a criança leva ao longo de sua vida.
Percebe-se que historicamente a figura paterna vem passando por diversas transformações na sociedade. Antigamente, a figura do pai estava ligada somente ao papel de provedor da família e orientador moral. Tinham uma postura extremante autoritária e se privava de manifestações afetivas.
Os filhos não os abraçavam, não os viam chorando, não os viam falando sobre a vida ou negócios. Eles exerciam de fato, um papel secundário na vida dos filhos.
O papel da figura paterna é muito importante para o desenvolvimento emocional da criança, pois, promove e transmite segurança, auxiliando no autoconhecimento e estimulando o conhecimento de mundo e de sua independência. Já a mãe é aquela que promove a harmonia, cuidados, afeto e satisfação dos filhos.
Quem aqui não se lembra de escutar aquelas famosas frases da mãe: “Cuidado filho, isso é perigoso”, “Acho melhor você não ir porque pode se machucar”, “Não bata em ninguém. Qualquer coisa que aconteça, chame um adulto!”.
Já o pai “ Vai lá filho e mostra quem é você”, “Seja forte e não chore”, “Você é forte igual ao papai”, “Vai lá e resolva isso.”
Percebe-se que ambos possuem um estilo diferente de comunicação, de interação e também atuam de formas diferentes na educação da criança.
A figura paterna traz a criança em formação, um senso de segurança, conforto e valores masculinos. Por este motivo a presença do pai é cada dia mais necessária na construção do caráter e na formação de sua personalidade.
Conforme informação do site www.agenciabrasil.ebc.com.br , “Levantamento da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN) mostra que, em 2022, mais de 164 mil crianças foram abandonadas pelo genitor ainda no útero materno. Em 2023, esse número passou dos 106 mil até julho.
A ausência da figura paterna durante o desenvolvimento das crianças e adolescentes pode ter impacto na saúde física e mental delas. Em muitas situações, causam danos irreparáveis, que podem perdurar por toda uma vida.”
Sabemos que uma criança abandonada, que não possui a presença e a atenção do pai, pode se tornar uma criança mais insegura, mais agressiva, dependentes emocionais de outras pessoas, além de possuírem dificuldades de se relacionar.
Temos consciência de que, muitas vezes, no mundo acelerado que estamos vivendo, o maior desafio é encontrar modos de estar mais presente na vida dos filhos, principalmente levando em consideração a vida atribulada e a rotina difícil de muitas famílias.
Independente disso, a nossa presença e participação ativa deve ser a prioridade. Não existe nada mais positivo do que o tempo de qualidade. Filhos devem ser a prioridade.
Pais: façam valer o tempo com seus filhos! Sejam modelos positivos. Criem memórias afetivas junto deles. Eles precisam sentir-se amados e valorizados. Sejam presentes verdadeiramente e deem a eles o que mais importa: AMOR.
