Afastamentos do trabalho por saúde mental aumentam. O que explica o problema?

Dra. Leninha Wagner (MF Press Global)

Houve um aumento dos afastamentos do trabalho relacionados à saúde mental. De acordo com dados do Ministério da Previdência Social, o número subiu 38% em 2023, tendo sido concedidos mais de 200 mil benefícios por incapacidade causada por transtornos mentais e comportamentais.

Segundo o Ministério, as principais causas dos afastamentos foram ansiedade, transtorno de adaptação, depressão e Burnout.

De acordo com a neuropsicóloga Dra. Leninha Wagner, nunca foi tão necessário cuidar da nossa saúde mental quanto atualmente.

Hoje em dia, cuidar da saúde mental é mais importante do que nunca. As mudanças na sociedade contribuíram para tensionar cada vez mais a nossa saúde mental através, por exemplo, de um uso excessivo de redes sociais, menor contato social presencial, dificuldades em se desconectar do trabalho, etc., tudo isso contribui para aumentar os nossos níveis de estresse e ansiedade, algo que se intensifica quando falamos de trabalho”, explica.

Principais doenças de saúde mental relacionadas ao trabalho

– Síndrome de Burnout;

– Ansiedade Generalizada;

– Depressão;

– Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT);

– Transtorno de Pânico;

– Transtorno de Ansiedade Social;

– Transtorno de Estresse Agudo;

– Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).

Como cuidar da saúde mental no trabalho?

De acordo com a Dra. Leninha Wagner, é preciso saber focar no trabalho durante o horário de trabalho e desfocar em momentos de lazer.

O principal problema em relação ao trabalho é não conseguir se desconectar dele, muita ansiedade e estresse contribui para isso. O uso de celular, que permitiu trabalhar até dentro de casa precisa ser dosado para que não haja uma mistura entre trabalho e lazer, é preciso deixar tudo bem delimitado pois ambos são importantes”.

Também é importante fazer pausas quando necessário, ter práticas de relaxamento, como meditação e respiração, ter hobbies e sempre que necessário buscar apoio profissional”, ressalta Dra. Leninha Wagner.

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