Pós-parto

Gisele Vissoci

Ginecologia | Uroginecologia | Cirurgia Vaginal

CRM 34170 MG/ RQE 19701

“O apoio e orientações adequadas permitem às mamães a superação dos desafios do resguardo.”

 

Pós-parto

Cuidados essenciais para a saúde na recuperação do resguardo

 

O período pós-parto, chamado de puerpério, compreende desde o nascimento do bebê, mais precisamente após a saída da placenta, até o início da primeira ovulação, que pode ocorrer entre 45 e 60 dias pós-parto. Nessa quarentena, as mulheres necessitam de cuidados essenciais para garantir o seu bem-estar físico e emocional.

Os cuidados físicos envolvem basicamente monitoramento do sangramento, pressão arterial, infecções, cicatrização no local de incisões (quando aplicável), manejo de dores e amamentação. Hidratação e nutrição adequadas, com ingestão equilibrada de proteínas, vitaminas e minerais, possibilitam a recuperação da mãe e o sucesso do aleitamento materno.

O apoio à amamentação engloba orientação para ajudar as mulheres a superarem os desafios comuns, como dificuldades de pega e preocupações com a oferta de leite. Não se esquecer de que é um período, onde o retorno à fertilidade já pode ocorrer, variando com a frequência das mamadas. Nesse contexto, métodos contraceptivos, sem risco de trombose e alinhados ao leite materno são recomendados, a critério da puérpera.

Dentro dos aspectos físicos, algumas mamães podem sentir alterações em seu assoalho pélvico, decorrentes da própria gestação, dependentes ou não da via de parto, como: flacidez vaginal, incontinência urinária, sensação de queda de órgãos pélvicos ou ressecamento vaginal com dores nas relações sexuais.

A assistência especializada pode fazer a diferença em casos em que o resgate das funções do assoalho pélvico é mais lento ou não ocorre fisiologicamente. Essa avaliação especializada possibilita à mulher navegar nas primeiras semanas e meses da maternidade com mais confiança e bem-estar.

Além da recuperação física, o apoio emocional, com empatia, terapias e até medicações, se necessário, fortalece as mães em seus desafios de labilidade de sentimentos. Muitas mulheres experimentam uma série de emoções após o parto, incluindo sentimentos de alegria, ansiedade e opressão.

A depressão e a ansiedade pós-parto são comuns, e podem afetar significativamente a capacidade da mulher de cuidar de si mesma e do bebê. A criação de um ambiente de apoio que incentive a comunicação aberta sobre as lutas emocionais pode ajudar as mulheres a se sentirem valorizadas e amadas.

O apoio e as orientações adequadas permitem às mamães a superação dos desafios do resguardo. A mulher pode emergir dessa fase mais forte do que nunca, com resiliência e esperança, abraçando a nova jornada da maternidade com prosperidade e sucesso em seus novos papéis.

[retirado]

O retorno às atividades físicas e laborais, em mães com carreira profissional, deve ser de forma segura, com respeito às condições e necessidades individuais. A Licença Maternidade (Art. 392, Lei n.º 5.452), assegura à mãe licença de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário, a contar a partir da data do parto ou nono mês.

Esse benefício é estendido às mães adotivas, com período variável, de acordo com a idade da criança adotada. O momento de retorno ao trabalho é igualmente desafiador para a profissional autônoma. Essa mãe empreendedora tem que equilibrar ônus e bônus do afastamento, porém, com calma e sabedoria, exerce escolhas de prioridades, e muitas vezes redireciona e adapta de forma louvável sua carreira.

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