A saúde mental está relacionada à forma como a pessoa reage às cobranças, exigências da vida e ao modo como administra suas emoções, capacidades, desejos, ideias, habilidades e ambições. É um termo utilizado para descrever o estado de qualidade de vida emocional e cognitiva de um indivíduo.
Nunca se falou tanto sobre este assunto como nos últimos meses e anos. Cuidar da saúde mental é fundamental para evitar o desencadeamento de doenças e transtornos mentais como ansiedade, depressão, transtornos alimentares. Transtornos Obsessivo Compulsivo (TOC), Síndrome de Burnout, Transtorno de personalidade Bordeline, transtornos bipolares dentre outras várias.
Esses transtornos devem ser tratados com maior brevidade quando detectados, pois, podem gerar consequências graves como o suicídio. Conforme informações do site UOL, “O número de suicídios no Brasil cresceu 11,8% em 2022 na comparação com 2021.” E ainda “Em 2022, foram 16.262 registros, uma média de 44 por dia”. É assustador este índice.
Vale destacar a campanha brasileira “Setembro Amarelo”, iniciada em 2015 que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre o suicídio e sobre as prevenções. O mês foi escolhido em função do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio que é 10 de setembro.
Neste mesmo mês, o Brasil perdeu muitas pessoas que tiraram suas próprias vidas, como a influencer uberlandense “Drika” e a famosa Waleswka Oliveira, campeã olímpica de vôlei que também suicidou. Pergunto: será que deram sinais? Será que foram ouvidas?
Temos no Brasil, um Centro de Valorização da Vida (CVV), uma associação filantrópica criada em 1962, que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária todas as pessoas que desejam conversar por telefone, chat, email. Basta ligar no 188.
Estamos vivendo um tempo de muita velocidade na era do digital onde perder o celular é pior do que perder os teus valores. Onde banheiros se tornaram estúdios de fotos e igrejas lugares de “check-in”. Onde mulheres e homens temem uma gravidez mais do que uma doença transmissível por sexo. Onde um serviço de entrega chega muito mais rápido do que uma ambulância. Onde as roupas e veículos decidem o valor e o respeito por uma pessoa.
São tantas as dimensões e valores desvirtuados que as pessoas estão adoecendo em suas casas silenciosamente. Vivemos no século que os pais esquecem de sentar à mesa para fazer uma refeição harmoniosa, que os filhos e pais trocam a família pelos eletrônicos.
Vivemos num tempo em que o amor se tornou público como se fosse uma peça de teatro, uma vez que a maioria das relações se iniciam sem ou com nenhuma pretensão de continuidade onde o único compromisso é postar fotos “juntos”e viver o “agora”.
Vivemos no tempo que fazer uma lipoaspiração tem mais valor do que uma viagem com a família, do que um diploma universitário. Que passear no shopping para tirar uma “selfie” e ganhar “likes” tem mais valor do que estar com os amigos. Que uma foto numa academia faz mais sentido do que uma foto praticando boas ações.
Vivemos na era que grande parte das pessoas estão perdendo seus valores, esquecendo de cuidar dos seus espíritos, da alma vazia. Alguns cuidam apenas do corpo e gostam de ostentar como se fosse competição. Sim! Vivemos num “mundo artístico”, com muitas atividades, com muito acesso, tecnologia e muitas possibilidades. O tempo virou artigo de luxo. Por outro lado, destaco amizades vazias, amores incertos, famílias desunidas.
São tantas as reflexões não é mesmo? Por este motivo vale a pena se cuidar, estar atento, focar no autoconhecimento, compreender o seu “eu” interno e entender melhor sobre pessoas e a vida.
Importante cuidar da saúde física, cultivar relações saudáveis, estabelecer objetivos e perspectiva de vida, determinar metas, valorizar os momentos de lazer. Estas são ações que buscam qualidade de vida e ajudarão você manter a saúde mental. Suas escolhas do dia-a-dia fazem a diferença no bem estar psíquico.
Agora, pergunto a VOCÊ: o que tem feito VERDADEIRAMENTE por sua vida?