Na noite desta quinta-feira, 11, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, exonerou o Secretário Estadual de Saúde (SES), Carlos Eduardo Amaral. Na manhã desta sexta-feira, 12, ele anunciou que o médico Fábio Baccheretti, atual presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), vai assumir o cargo.
O ex-secretário foi demitido após se envolver em um escândalo sobre servidores que teriam sido vacinadas contra a Covid-19, mesmo sem ter a preferência estabelecida pelo Plano de Vacinação. O anúncio da exoneração foi feita por Zema pelo Twitter. “Agradeço o trabalho que realizou à frente da secretaria, em especial no combate à pandemia e na gestão para a futura retomada das obras dos Hospitais Regionais no Estado”, disse o governador após ter comunicado o afastamento de Carlos Eduardo.
Em menos de 10 horas depois, Zema divulgou nas redes sociais o nome do novo secretário. O cargo ficará sob responsabilidade de Fábio Baccheretti, atual presidente da Fhemig. O governador afirmou que o trabalho do médico tem colaborado para resultados relevantes em expansão de leitos desde o início da pandemia, garantindo a Minas um dos melhores resultados dentre todos os estados do país. “Seguiremos determinados no combate à pandemia e dando sequência à maior operação de vacinação da história de Minas com transparência e responsabilidade”, disse Romeu.
Assumirá o cargo de Secretário de Estado de Saúde o médico Fábio Baccheretti, atual presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), responsável pela gestão das unidades hospitalares do Estado.
— Romeu Zema (@RomeuZema) March 12, 2021
O caso envolvendo o ex-secretário será apurado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e o Ministério Público. “Vamos investigar a fundo esses que se entendem como privilegiados em passar à frente na vacinação. Neste momento de pandemia, é um dos crimes mais graves”, afirmou o presidente do Parlamento, deputado Agostinho Patrus. De acordo com o ALMG, o prazo para apurar o desvio de recursos referentes à vacinação irregular de grupos não prioritários é 120 dias. Também fazem parte do escopo da investigação o baixo investimento em ampliação de leitos para enfrentamento da pandemia em Minas e a não aplicação do mínimo constitucional em serviços públicos de saúde.
A Soberana entrou em contato com a assessoria de comunicação do Governo de Minas, mas as ligações não foram atendidas.
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