Por que uma Nutrição merece SER diferente?

Por qual motivo você come? Nós esquecemos que, historicamente, pessoas comem por diversas outras razões que não as necessidades biológicas. Comida é também PRAZER, COMUNIDADE, FAMILIA, ESPIRITUALIDADE, relacionamento com o Mundo natural e também é expressão de nossa identidade. A partir do momento em que os seres humanos começaram a fazer refeições em conjunto, comer passou a fazer tão parte da cultura quanto da biologia.

Percebemos que, embora os temas Nutrição e Alimentação estejam cada vez mais em pauta, as informações estejam mais acessíveis e a ciência em constante evolução, persiste uma visão restrita e dicotômica do “saudável e não saudável”, dos alimentos categorizados pelos seus nutrientes e como sendo “bons ou ruins”, na qual o prazer em comer é muitas vezes associado à culpa. Esse contexto não promove a mudança de comportamento e não torna as pessoas mais saudáveis – o aumento dos índices de doenças crônicas, transtornos alimentares e obesidade justificam essa afirmação. A Nutrição hoje virou, muitas vezes, “Nutricionismo X Terrorismo”, um jeito de doutrinar a alimentação com foco nos Nutrientes de forma isolada sem dar importância ao alimento como um todo ou como eu me sinto ao comer.

Como se come (as crenças, pensamentos e sentimentos sobre comida) é tão ou mais importante do que simplesmente o que se come. Portanto, uma orientação Nutricional fundamentada em estratégias de aconselhamento Nutricional, entrevista Motivacional, técnicas de terapia cognitivo-comportamental, técnicas do comer intuitivo, comer com atenção plena e competências alimentares possibilitam a mudança real e consistente do comportamento alimentar. Mensagens consistentes, baseadas em evidências científicas que validem o prazer de comer e o equilíbrio são peças chave para uma comunicação responsável, positiva e inclusiva na promoção de um comportamento saudável.

Acreditar que todos os alimentos podem ter espaço em uma alimentação saudável, respeitadas as questões de quantidade e frequência; e também que a discussão deve ser sempre contextualizada na história do indivíduo, levando em conta a forma de orientá-lo para uma vida mais saudável, contemplando os aspectos fisiológicos, culturais, sociais e emocionais da alimentação.

Manter a abordagem biopsicossocial e defender uma Comunicação e Orientação Nutricional que não se baseia em uma “dieta”; que peso não é um Comportamento e, portanto, não deve ser o foco de um tratamento ou aconselhamento Nutricional (pode ser uma consequência); que Saúde depende de comportamentos saudáveis e não de um determinado peso apenas; e que pessoas de todos os tamanhos podem ser saudáveis.

E é isso que torna o trabalho do Nutricionista Clinica Comportamental tão minucioso e fundamental na vida do paciente. “Eu quero, portanto eu faço, e Você” … (Bento Augusto)

Dra Alessandra Carneiro

Nutricionista Clinica Master PNL

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