FOTO: Valter de Paula/PMU
Considerada uma das maiores obras da gestão Odelmo Leão, o viaduto sobre a Avenida Nicomedes Alves do Santos com a Avenida dos Vinhedos será entregue na manhã desta segunda-feira, 10 de abril, garantindo melhorias na infraestrutura e mobilidade urbana da cidade. Ao ser entregue à população, o monumental viaduto beneficiará, principalmente, os moradores das regiões central e sul. A obra ainda terá impacto diretamente em sete linhas do transporte público e mais de dez bairros, como o Shopping Park, Patrimônio, Jardim Indaiá e Cidade Jardim. Também vai possibilitar um trânsito mais ágil e seguro para quem acessa a BR-050 e o Anel Viário pela avenida.
A construção foi realizada e concluída com recursos captados por meio de financiamento pelo programa federal Pró-Transportes do Ministério das Cidades pela BT Construções, empresa escolhida por meio do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que é um sistema licitatório mais ágil. E o valor final da obra entregue neste 10 de abril foi de aproximadamente R$ 12,5 milhões e durou 18 meses e 18 dias até sua entrega oficial (o início da obra deu-se em 23 de setembro de 2021.
Toda a obra foi fiscalizada pela Secretaria Municipal de Obras, através seu titular, o engenheiro Norberto Carlos Nunes de Paula e conta com 340 metros de extensão e duas faixas de rolamento para cada sentido da pista.
O VIADUTO DO MENINO FELIZ
“Texto abaixo do RP da Prefeitura de Uberlândia, o jornalista Neivaldo Silva, o Magoo”
Em algum lugar da obra vão colocar uma placa com o nome do meu amigo Manoel Carlos Rodrigues de Castro Santos e muitos vão perguntar de quem se trata. Permitam me antecipar a resposta: é uma homenagem ao bisneto do Nicomedes, neto do Ary de Castro Santos, filho do Aryzinho (Ary de Castro Santos Junior – Diretor presidente da TV Paranaíba e rádios Educadora e Paranaíba FM. O nome vai estar lá, mas se me perguntarem qual o nome do viaduto eu vou plagiar a tia dele, a jornalista Eliane Hugueney e responder que é o “Viaduto do Menino Feliz”.
Manoel nasceu sem os movimentos inferiores, sem poder andar e mesmo assim, com sua alegria, humildade e aquele sorriso verdadeiro, caminhou pela vida com uma educação refinada, um jeito diferente de ser, de encarar a vida e de se envolver de corpo e alma com a simplicidade de quem enxerga esperança em cada ser vivo. Adorava uma piada, pronto para sorrir e recontar a anedota acrescentando nela o seu jeito e a possibilidade de adaptá-la para que o riso do próximo não significasse a lágrima do distante e tampouco o desprezo ao ser humano.
“O Menino Feliz” adorava pescar, acho que mais para conversar com a natureza do que pela fisgada da aventura, tinha pronta a resposta a quem criticasse o Corinthians e era apaixonado por leite condensado. Tinha o avô como ídolo e cuidou muito de perto do Karmann-Ghia que era o xodó do “seu” Ary. Dotado de uma sensibilidade especial adorava povo, gente, carnaval, congada, feira, festa e tudo onde pudesse repartir a felicidade.
Para alguns ele podia ser o menino da cadeira de rodas, mas para quem o conheceu ele era o menino da “Cadeira de Redes”, redes de amigos, colegas, parentes, desconhecidos, seres vivos. Ele podia estar na cadeira de rodas, mas também estava na Cadeira das Rádios, mantendo com cada empregado do avô e do pai, um relacionamento profissional, amigo e humano. Não era Cadeira de Rodas, mas Cadeira de Risos, pois a alegria sempre foi sua companheira em qualquer momento. Não era Cadeira de Rodas, mas cadeira de rédeas, quando ele sem se preocupar com a deficiência resolveu tomar as rédeas da convivência, da alegria, da vida e viver intensa e responsavelmente.
Um viaduto que aproxima ricos e pobres, classes sociais, facilitando vidas, criando caminhos, rompendo obstáculos, ligando sonhos, aproximando esperanças e servindo a todos, da mesma maneira que o Manoel sempre foi… um “Menino Feliz”. (Texto: Magoo)