Nos últimos anos, o Brasil vivenciou uma progressão no debate público em torno das questões femininas. Temas como assédio, aborto, maternidade e carreira, vêm sendo discutidos amplamente na sociedade e ganhando espaço no cenário político. A luta pelo direito das mulheres vem progredindo, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Alguns avanços já foram conquistados nas últimas décadas, como o direito ao voto e o direito de serem eleitas. Porém, no que tange a representatividade das mulheres na política, esse debate ainda se encontra muito distante do desejado.
Muitas mulheres ainda têm dificuldades de ocupar cargos de poder, ser eleitas ou terem voz ativa nas tomadas de decisões políticas. Isso acontece devido à exclusão histórica das mulheres na política e que reverbera, até hoje, no nosso cenário de baixa representatividade feminina no governo. Embora existam cotas eleitorais (lei que assegura uma porcentagem mínima de 30% e máxima de 70% a participação de determinado gênero em qualquer processo eleitoral vigente) esse mecanismo pouco tem contribuído para melhorar a atuação e a chegada das mulheres aos cargos do governo brasileiro. O percentual de mulheres no poder permanece quase o mesmo desde 1940.
Uberlândia vem fazendo a diferença, conseguindo uma representatividade política significativa e exemplar para milhares de cidades de médio porte em Minas e no Brasil. Nas eleições municipais de 2020, foram eleitas oito vereadoras e nas eleições de 2022, um fato histórico, pela primeira vez no Congresso Nacional, duas mulheres de Uberlândia foram eleitas como Deputadas Federais.
Hoje, as mulheres representam 17,7% das cadeiras do Legislativo Federal e pela primeira vez na história da Câmara aparecem duas deputadas de Uberlândia: Ana Paula Procópio Junqueira Leão (PP-MG) e Dandara (PT-MG). As duas já passaram por cargos no Executivo e no Legislativo antes de chegar à Câmara
Ana Paula nasceu no interior de Minas Gerais, em Varginha. É filha de Márcia Paiva Procópio e Paulo César Junqueira de Andrade. Foi criada no município de Caxambu. Sua infância foi na Fazenda dos Lobos, propriedade da família Junqueira desde 1907. Juntamente com os irmãos, Fabíola e Neto, soube, desde muito pequena, a importância do trabalho e assim como os pais e avós, dedicou-se à profissão de produtora rural.
Casada com Odelmo Leão, hoje em seu quarto mandato como Prefeito de Uberlândia com quem tem uma filha, Maria Hilda, seu grande orgulho. “Com anos de experiência política, me candidatei ao cargo de deputada federal por Minas Gerais em 2022 e fui eleita em 2 de outubro com 77.990 votos”, contou Ana Paula.
No início dos anos 90, começou a trabalhar na Câmara dos Deputados ao lado de Odelmo Leão, então Deputado Federal. Com mais de 30 anos de experiência na administração pública, sempre teve papel de protagonismo na gestão de Uberlândia, segunda maior cidade do estado de Minas.
Nos quatro mandatos de Odelmo Leão como prefeito, assumiu o cargo de Secretária de Governo e, a partir de 2018, esteve à frente da Secretaria de Comunicação. Foi responsável por coordenar as ações do executivo, conduzir o programa de governo, administrar o relacionamento com o Poder Legislativo e planejar a publicidade e a divulgação de todas as ações realizadas pela Prefeitura.
Em março de 2019, desenvolveu o aplicativo Salve Maria, uma ferramenta importante no combate à violência contra a mulher. Gratuito, de fácil instalação, possui o Botão do Pânico, que compartilha a localização da vítima com a Polícia Militar, com ajuda imediata.
A vereadora de Uberlândia mais votada em 2020, Dandara Tonantzin (PT), 29 anos, foi eleita deputada federal por Minas Gerais depois de receber 86.034 votos e conquistar vaga na Câmara dos Deputados em Brasília. Apoiadora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dandara é uma mulher preta e amplia a diversidade na Câmara. Defensora das minorias, mulheres e direitos LGBTQIA+, a agora deputada federal defende ideias de esquerda.
Dandara é uma jovem que estudou a vida inteira em escola pública. Crescida em um ambiente familiar engajado com os movimentos populares, se envolveu com o movimento estudantil secundarista refundando o grêmio e lutando contra o aumento da passagem de ônibus de Uberlândia.
Com o assassinato de Marielle Franco em 2018, se mobilizou para ocupar os espaços na política e dar continuidade ao legado de Marielle. “Nós estamos nesse levante para ocupar cada vez mais espaço, enegrecer os espaços de poder, colocar o dedo na ferida e incomodar os poderosos”, afirmou Dandara.
A deputada conta que enfrentou muita violência política, mas sabe que está cumprindo uma tarefa importante ligada à sua ancestralidade. Agora, Dandara busca fazer essa disputa na Câmara dos Deputados. Para seu mandato, apresenta propostas que pensem o Brasil nos próximos, 20, 30 anos, quer renovar a cara do Congresso Nacional e realizar um mandato participativo e aberto. “Nós precisamos de mandatos trincheiras de luta dos movimentos sociais”.
Hoje são seis mulheres com mandato no Legislativo entre elas uma trans
Pela primeira vez na história da Câmara de Uberlândia, oito mulheres foram eleitas em 2020 para ocupar cadeiras do Legislativo local. Neste grupo há uma mulher trans e a pessoa mais votada no pleito para o cargo com 5.237 votos, a hoje deputada federal Dandara que ficou no cargo por dois anos e um mês. Neste período, um fato lamentável, uma dessas oito, a vereadora Drika Protetora, ficou no cargo apenas 52 dias, vindo a falecer em decorrência da Covid-19, no dia 21 de fevereiro de 2021.
Amanda Gondim (eleita com 1.424 votos), 34 anos, nascida em Uberlândia, foi criada pelos avós maternos, João e Iolanda. Reside, desde sempre, na mesma casa no bairro Roosevelt. A vereadora tem baixa visão e atua ativamente na luta pelos direitos humanos. Suas principais pautas são o direito à cidade e redução das desigualdades aliada à sustentabilidade. Mais que isso, a vereadora acredita na política como transformação social e luta em prol de uma cidade com equidade, justiça social, resiliência e inteligência.
É advogada formada pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Durante a graduação foi uma das fundadoras do projeto “Todas Por Ela”, do Escritório de Assessoria Jurídica Popular (ESAJUP) sediado na Universidade. No projeto, também atuou como advogada voluntária trabalhando diretamente com mulheres e crianças em situação de violência doméstica e de gênero.
Amanda atualmente faz parte da liderança do RAPS Brasil – Rede de Ação Política pela Sustentabilidade, com o objetivo de disseminar o compromisso com a sustentabilidade na política institucional; do movimento Jovens Políticos pelo Clima, defendendo pautas e temáticas ambientais e, atualmente, integrou a Rede Mineira de Lideranças LGBTQIA+, composta por vereadores no estreitamento de laços em prol de políticas públicas para a população LGBTQIAP+.
Cláudia Guerra (eleita com 2.699 votos), 53 anos. Sua trajetória se mistura entre a vida pessoal, acadêmica e o ativismo pelos direitos das mulheres, pela cultura da paz e, agora, a vida pública. É doutora em História com pesquisa sobre violência conjugal; é professora de História da Educação, Sociologia, Ciência Política, Filosofia, Antropologia, Gestão em Movimentos Sociais e Políticas Públicas, Educação, Sexualidades e Afetividades, Relações Étnico Raciais e Cultura Afro, Trabalho Social com Famílias: Rede de Enfrentamento à Violência Conjugal.
Atuação voluntária como fundadora da ONG SOS Mulher e Família Uberlândia pelo fim da violência conjugal e familiar; da Patrulha de Atendimento Multidisciplinar para abordagem domiciliar; do Núcleo de Estudos de femininos e masculinos/UFU; do Conselho dos Direitos das Mulheres e do Grupo de Pesquisa em Educação e Cultura Populares da Pós/FACED/UFU/MG, com mulheres das unidades produtivas da ONG Ação Moradia/Bairro Morumbi.
Mãe dos adolescentes Vitor e Eduardo, esposa do Ricardo. Tem como referência familiar mulheres chefes de família. Neta de Alvamira. Filha de Maria Lúcia que criou quatro filhas (o): Lara, Hugo, Luciana, sendo a mais velha e auxiliava nos cuidados das irmãs (ão). O pai Glaris, aos cinco anos, presenciou trauma-tragédia familiar que o marcou e dificultou manter vínculos no casamento e exercitar a paternidade. Cláudia comenta que só pode viver uma breve relação pai-filha, quando o pai foi morar com ela, mediante câncer terminal.
Gilvan Masferrer (eleita com 1.347 votos) – é a segunda mulher trans a ter mandato de vereadora no Município e disse ter sido pega de surpresa com a eleição. Ela tem 32 anos e já foi assessora parlamentar e protagonista de um caso de violência grave em 2013, quando foi apedrejada e espancada, cuja motivação foi atribuída ao preconceito pelo fato dela ser transexual. “Também recebi agressões verbais e psicológicas durante a campanha. Xingamentos eram comuns. Fiz uma campanha na rua e sem dinheiro”, contou Gilvan à reportagem da Revista Soberana. Ela afirmou que a experiência de já ter trabalhado na Câmara como assessora e o conhecimento da periferia estão ajudando no trabalho na Câmara.
Glaucia da Saúde (eleita com 1.813 votos) – Exerce seu segundo mandato sendo uma das mais atuantes do Legislativo. Tem 58 anos, é filha do médico Nagib Buíssa e da professora Jocelyne Therese Galante Buíssa e casada com o médico psiquiatra Dr. Alfredo Demétrio Jorge Neto com quem tem dois filhos. Reside em Uberlândia desde 1984. É psicóloga formada pela Universidade Federal de Uberlândia com especialização em Psicodrama e especialização em gerência de unidade básica de saúde.
Servidora concursada da Prefeitura Municipal desde 1992 na Secretaria de Saúde, foi gerente da UBS Tocantins por sete anos consecutivos (bairros Tocantins, Guarani, Talismã, Morada do Sol); Diretora do Distrito Sanitário Oeste e interinamente dos Distritos Norte e Central.
Participou da implantação e coordenação do PACS (Programa de Agentes Comunitários) do núcleo Luizote (bairros: Tocantins, Guarani, Dona Zulmira, Taiamã, Talismã, São José, Mansour, Jardim Europa e Luizote). Foi gerente da UBS Guarani por dois anos, participou da implantação do primeiro conselho de saúde local de Uberlândia (bairro Guarani) e do Conselho de Saúde do Distrito Sanitário Oeste por 10 anos.
É Adesguiana (Associação Diplomados Escola Superior de Guerra). Foi Conselheira Titular do Conselho Municipal de Saúde de Uberlândia representando os psicólogos, membro da Unipsico (Cooperativa de Psicólogos de Uberlândia) por 20 anos, Psicóloga da Clínica Vida – (medicina e psicologia) e da UAI Martins.
Liza Prado (eleita em 2020 com 2.556 votos) – Hoje com 59 anos, de origem humilde, Liza Prado é a primeira dos sete filhos de um marceneiro e da costureira Júlia do Prado. A infância nos bairros pobres de Uberlândia fez com que ela crescesse conhecendo de perto as dificuldades de quem sobrevive trabalhando arduamente todos os dias. Sempre dinâmica, superou a pobreza, estudou, formou-se em Direito e iniciou a sua vida parlamentar em 1993 como vereadora atuante e voltada para as causas sociais. Atuou também como jornalista no jornal O Triângulo, sob o registro nº MG 00149 RF.
Primeira e única mulher eleita por Uberlândia e região para a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, Liza Prado é a parlamentar mais votada em toda a história da centenária cidade de Uberlândia, onde nasceu e foi criada. No ano 2000, obteve impressionantes 12.046 votos, não superados até os dias de hoje.
De 2005 a 2008, esteve à frente da Superintendência do Procon de Uberlândia, com a prioridade de promover a humanização do atendimento ao consumidor. Para isso, implementou o projeto Educação para o Consumo, para que todas as pessoas pudessem ter acesso aos serviços do órgão e conhecessem seus direitos e deveres para um consumo consciente.
De vereadora a deputada estadual
Depois de quatro produtivos mandatos como vereadora de Uberlândia, Liza Prado foi eleita para a Assembleia Legislativa de Minas, em 2010, com 43.810 votos em 250 municípios. Como deputada, continuou se destacando na defesa da saúde, da educação, dos consumidores, dos idosos, das pessoas com deficiência, da redução de impostos, do transporte, da liberdade religiosa e do combate à corrupção.
Em julho de 2015, foi indicada pelo então Governador do Estado, Fernando Pimentel, para o cargo de Presidente da Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais – Utramig, tendo seu nome recebido parecer favorável da Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais logo após a realização da sabatina.
Em 2023, Liza Prado foi confirmada como presidente da Comissão de Direitos Humanos, Sociais e do Consumidor da Câmara Municipal de Uberlândia e foi pelo serviço prestado à sociedade e respeito aos princípios éticos e sociais no Brasil, que Liza Prado tornou-se uma das mulheres políticas mais importantes de Minas Gerais.
Thais Andrade (eleita com 1.222 votos) – Tem 44 anos, é filha de Maria Aparecida e Romilton Andrade, casada com Claudiney Brasileiro, com quem tem um filho de 17 anos. É Assistente Social, graduada pela Unopar. Atuante no trabalho social há mais 10 anos, é voluntária em vários projetos sociais desde a sua adolescência, participa ativamente de trabalhos de atendimento à população de rua, famílias em locais de vulnerabilidade social, e projetos nas escolas do município, do estado, entre outros. Foi membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Conselho Municipal de Assistência Social.
Como profissional, foi secretária executiva do jornalismo na TV Integração (Rede Globo), atuou na área administrativa da Medilar Emergências Médicas, na Missão Sal da Terra foi Assistente Social atuando na proteção especial a crianças e adolescentes.
Na secretaria municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação exerceu o cargo de Diretora da Proteção Social Básica e Coordenadora do CREAS – Medidas Socioeducativas. Na Comunidade Casa foi também Assistente Social e coordenou os centros de convivência e fortalecimento de vínculos.
As Mulheres do Executivo
FOTO Prefeitura de Uberlândia Crédito Welton Neves
A administração municipal de Uberlândia tem uma particularidade que a diferencia da maioria: um terço do secretariado é liderado por mulheres. Iracema, Larissa, Marly, Mônica, Roberta, Tânia e Thalita são mulheres que estão fazendo a diferença e ajudando o prefeito Odelmo Leão na condução do segundo maior município de Minas Gerais.
As secretárias municipais, que não são políticas, mas que ocupam cargos políticos é prova de que com o avanço e amadurecimento das gerações, o sexo feminino veio ganhando maior credibilidade e espaço no mundo da política. Elas espelham o desejo da mulher moderna de se realizar profissionalmente.
Em entrevista para a jornalista Margareth de Castro, certa vez o prefeito Odelmo Leão enfatizou que sua escolha foi puramente técnica, mas ressalta que é uma característica dele ter sempre mulheres desempenhando funções estratégicas ao seu lado. “Desde o primeiro mandato, em 2005, tenho sempre trabalhado com as mulheres. Isso pela dedicação, competência, eficiência, zelo e responsabilidade delas na área profissional”, finalizou.
Leia o perfil de cada uma delas
Todas as fotos ASCOM/PMU
Iracema Marques – Secretária Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação – Jornalista, ingressou na Prefeitura Municipal de Uberlândia em 1985 na Secretaria Municipal de Ação Social -atual Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Trabalho. Participou da implantação da Delegacia da Mulher e dos Conselhos Municipais da Mulher, da Assistência, da Criança e do Adolescente e de todos os projetos sociais ligados ao órgão.
Larissa Espíndula de Faria – Secretária Municipal de Meio Ambiente e Serviços Urbanos – Graduada em Direito pelo Centro Universitário UNA, tem 17 anos de experiência de atuação no poder público, sendo 11 anos na Secretaria Municipal de Obras, com foco em contratos e licitações. Foi assessora parlamentar na Câmara Federal em 2015 e 2016. Retornou à Prefeitura de Uberlândia em 2017, onde, dentre outras funções, trabalhou na Secretaria Municipal de Gestão Estratégica, na coordenação da Parceria Público-Privada (PPP) da iluminação pública.
Marly Melazo – Secretária Municipal de Administração – Graduada em Ciências Contábeis e Ciências Econômicas, atuou na Universidade Federal de Uberlândia como pró-reitora administrativa, vice-diretora do Centro de Ciências Humanas e Artes, coordenadora do Curso de Economia, diretora da Faculdade de Ciências Econômicas e vice-diretora da Faculdade de Ciências Econômicas.
Mônica Debs – Secretária Municipal de Cultura e Turismo – Graduada em Educação Artística, com Habilitação em Música pela Faculdade Mozarteum de São Paulo (SP), tem formação musical na área de piano. Como servidora pública estadual, atuou como professora, vice-diretora e diretora do Conservatório Estadual Cora Pavan Capparelli.
Roberta Braga de Paula Nogueira – Secretária Municipal de Planejamento Urbano – Arquiteta e Urbanista, a profissional ocupou cargos na Prefeitura de Uberlândia nas Secretarias de Desenvolvimento Social, Habitação e Trabalho, Meio Ambiente e Serviços Urbanos e Educação entre os anos de 2006 e 2012. Trabalhou ainda como assessora de planejamento urbano de 2018 a 2020.
Tania Maria de Souza Toledo – Secretária Municipal de Educação – Graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário do Triângulo, com pós-graduação em Processos de Ensino Aprendizagem. Atuou na rede pública municipal de ensino, como servidora concursada, desempenhando diversas funções no quadro do magistério: Supervisora Escolar, Diretora de Escola, Inspetora Escolar, Assessora Especial de Educação, Assessora Pedagógica. Além disso, ocupou o Cargo de Secretária de Governo na Gestão anterior do Prefeito Odelmo Leão. Tania tem experiência profissional com magistério no Ensino Superior e coordenadoria pedagógica em escolas particulares.
Thalita Costa Jorge – Secretária Municipal de Agronegócio, Economia e Inovação – Advogada com vasta experiência nos setores de agronegócio, saneamento e energia. Já foi Diretora Geral da Superintendência de Água e Esgotos de Ituiutaba e Diretora Financeira do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae). Nos últimos anos, ocupou posições de liderança no Grupo BP.