Durante todo o mês de Janeiro, estamos ouvindo falar em “Janeiro Branco” e “Saúde Mental”. Já falei por aqui como as empresas podem auxiliar os seus colaboradores. E as escolas, como podem falar com seus alunos?
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Inicialmente precisamos pensar em uma psicoeducação, que é falar abertamente sobre saúde mental. Falar sobre as nossas emoções, sobre os nossos sentimentos, de forma a ter uma postura não julgadora, não invalidadora e não estigmatizante.
Conhecendo (psicoeducando) sobre os transtornos, fica mais fácil identificar em nós mesmo quando algo não vai bem, ou ainda compreender como os colegas podem se sentir em determinadas situações.
Psicoeducar também é uma forma de desconstruir o tabu, aquele medo de ser julgado ao falar sobre nossos sentimentos, pensamentos e emoções. Não é vergonha, nem fraqueza, nem frescura, nem falta do que fazer, se sentir triste, ansioso, irritado, desmotivado ou desanimado e querer falar sobre isso.
Quais ações as escolas podem estar fazendo para promover a psicoeducação e o debate aberto sobre saúde mental?
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Quais ações as escolas podem estar fazendo para promover a psicoeducação e o debate aberto sobre saúde mental?
- Convidar profissionais da saúde mental para realizar palestras, bate papos, workshops, rodas de conversa com os alunos, de acordo com cada faixa etária, fazendo as adaptações necessárias ao entendimento de cada grupo;
- Treinar os professores a fazerem trabalhos que promovam a efetividade interpessoal;
- Estimular os alunos a terem uma boa rotina de estudos e postura escolar;
- Falar sobre esses assuntos nas redes sociais das escolas;
- Promover encontros com as famílias;
- Ter um serviço de saúde mental na escola;
- Ter disciplinas de educação socioemocional.
E, principalmente, promover ações para evitar o bullying, que, infelizmente, ainda acontece muito nas escolas.
Kátia Beal
Psicóloga – CRP 04/36616