Desde fevereiro deste ano o mundo tem testemunhado os seguidos conflitos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Além dos impactos sociais, a disputa tem castigado o território ucraniano e também refletido no cenário econômico mundial.
Mas quando pensamos em seguro de vida, as pessoas que vivem em países que passam por eventos como esse possuem direito de cobertura dessa proteção?
Segundo o corretor Thiago Sena, não. Guerra está entre os chamados itens de exclusão, ou seja, de forma clara, quem vive em um território como esse está fora da cobertura de um seguro de vida.
“De acordo com as condições gerais de praticamente todas as seguradoras, existem alguns itens que são de exclusão e um deles é a guerra. Pandemia, catástrofes, são consideradas descobertas do pagamento de benefícios de seguros de vida”, respondeu.
Porém, segundo Thiago, cada caso é avaliado também de forma estratégica por cada seguradora para mostrar que ela faz algo tão bom que às vezes ela mesmo anula as exclusões de suas condições gerais.
“Podemos citar o caso da pandemia. 90% das seguradoras, inclusive as grandes, possuem nas condições gerais que a pandemia era item de exclusão. Ou seja, que nenhuma morte por Covid-19 precisaria ter sido paga pelas seguradoras. Só que elas pagaram mais de R$ 1 bilhão porque uma delas resolveu pagar e as outras começaram a seguir, até porque quem ficasse de fora poderia sofrer com a evasão de clientes”, citou.
Outro ponto destacado pelo corretor é que o percentual de brasileiros que têm seguro de vida ainda é muito baixo. Então, também conforme ele, valeria a pena abrir uma exceção no caso da pandemia e foi o que aconteceu. “Morte por Covid estava nas exclusões, mas foram pagas”, adendou.
“Em resumo, existe a lista de exclusão, mas as seguradoras analisam cada caso para verificar a viabilidade”, finalizou.