Campanha Março Azul Marinho tem como objetivo alertar a população sobre os riscos à saúde
O mês de março é conhecido pela campanha do Azul Marinho que tem como objetivo a prevenção do câncer colorretal. Mas, você já ouviu falar sobre esse tipo de câncer? O câncer colorretal pode atingir o cólon (que é a maior parte do intestino grosso) ou a região do reto que fica 15 centímetros do ânus.
Ou seja, os tabus mistificam essa doença e muitas pessoas têm medo, receio e preconceito de lidar com isso e acabam descobrindo o câncer em etapas mais avançadas. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) cerca de 41 mil novos casos de câncer de cólon e reto são estimados para serem diagnosticados em 2020, 2021 e 2022.
Mais comum entre homens, o câncer colorretal é o segundo que mais atinge o sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de próstata. Desse modo, para falar sobre esse assunto convidamos o Dr. Glauco Costa Silveira, oncologista para falar mais sobre o assunto.
O que é a campanha Março Azul Marinho?
A campanha Março Azul-Marinho tem como objetivo orientar sobre a prevenção do câncer colorretal. Com apoio da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e outras nove sociedades de especialidades médicas, a ideia é falar sobre o tema.
Pois, quando alguém apresentar algum sintoma pode ter acesso a informações especializadas e procurar detectar a doença em seus estágios iniciais.
A campanha também visa quebrar os tabus sobre a doença e mostrar que o câncer colorretal pode ser evitado por meio de uma rotina saudável, dieta equilibrada, prática de exercícios físicos e o controle do peso.
Além disso, as chances de cura são altas quando a doença é diagnosticada precocemente, por isso, essa conscientização do Março Azul Marinho é importante.
Quais os sintomas do câncer colorretal?
Os principais sintomas do câncer colorretal, são:
● Sangramento anal;
● Fezes com sangue ou de coloração escura;
● Desconforto com gases intestinais;
● Cólicas;
● Diarreias;
● Prisão de ventre que indique uma mudança na rotina intestinal;
● Dor na região anal;
● Perda de peso sem razão aparente;
● Resultado de exame de sangue que indique suspeita de perda crônica de sangue.
“Esses sintomas tendem a aparecer também quando o paciente tem hemorroidas, úlcera gástrica, verminoses e até mesmo outros problemas. Por isso recomendamos que qualquer alteração no organismo deve ser relatada durante as consultas periódicas para o médico possa fazer a investigação adequada”, orienta o oncologista.
Desse modo, em caso de algum desses sintomas é imprescindível buscar atendimento médico. Vale lembrar que pessoas acima de 50 anos ou com histórico familiar de incidência de doenças no intestino grosso devem realizar exames regularmente, para avaliação.
Assim, em caso de suspeita, esse tipo de câncer é diagnosticado por meio de uma colonoscopia, um exame que, a partir da sedação total do paciente faz a inserção de uma haste flexível no ânus do paciente, que possui fonte de luz e uma câmera para captar imagens do órgão.
Por meio desse exame, o médico pode avaliar o revestimento interno do intestino grosso e de parte do intestino delgado, enxergando possíveis alterações como: pólipos, tumores, inflamações e úlceras.
Porque o diagnóstico precoce é importante?
Além de aumentar as chances de cura, o diagnóstico precoce, segundo o Instituto Oncoguia, estima uma taxa de sobrevida em cinco anos para 90% dos casos, quando o câncer é diagnosticado em estágio inicial.
No entanto, infelizmente, 60% dos pacientes são diagnosticados quando o câncer já se encontra disseminado e as taxas de sobrevida são bem menores. Ou seja, o diagnóstico precoce salva vidas.
“É importante lembrar que o câncer colorretal é tratável e, na maioria dos casos, é possível ser curado, desde que não tenha se espalhado para outros órgãos. Por isso, é fundamental diagnosticar a doença no início, antes de atacar outros órgãos”, explica Dr. Glauco.
Como é o tratamento?
O paciente diagnosticado com câncer colorretal vai passar por tratamentos específicos de acordo com o tamanho, localização e a extensão do tumor. Assim, a pessoa pode passar por cirurgia para a remoção da área ou fazer um tratamento com radioterapia ou quimioterapia.
Existem também os tratamentos sistêmicos que são usados em estágios iniciais da doença. Desse modo, são indicados o uso oral de medicamentos que podem atingir as células cancerígenas em qualquer local do corpo.
Viu o quanto é importante ficar atento aos sinais do corpo e procurar orientação médica o quanto antes?! Por isso, o Hospital Santa Clara apoia o Março Azul Marinho para que a conscientização do diagnóstico precoce seja disseminada e assim, vidas sejam salvas.