Sintomas similares aos de Covid-19 como febre, congestão nasal e dores de cabeça são frequentes, a recomendação dos especialistas do Grupo Conexa é redobrar os cuidados nas festas de fim de ano para evitar contaminação da H3N2
A epidemia de gripe causada pela variante da influenza A, H3N2, se iniciou nas duas últimas semanas no Rio de Janeiro e já se alastra por todo país de forma rápida. Os sintomas são similares aos de Covid-19, como febre, congestão nasal, dores de cabeça e tosse. Nos casos mais graves, a doença pode comprometer os pulmões e levar à morte. Devido ao surto, a procura por pronto atendimento via telemedicina em dezembro teve um aumento de 45% em relação a novembro, segundo dados do Grupo Conexa, maior player de saúde digital integral da América Latina. Cerca de 70% dos atendimentos tiveram como motivação a síndrome respiratória aguda, manifestação clássica da influenza.
De acordo com Simone Sena, infectologista do Grupo Conexa, o vírus é altamente transmissível pela fala, tosse ou espirro. “Os mesmos cuidados que aprendemos com a Covid-19 devem ser tomados para evitar o contágio do H3N2, como uso de máscaras, higienização das mãos e evitar aglomerações. É importante ter a atenção redobrada durante os encontros com familiares e amigos nas festividades de fim de ano, dando sempre preferência a lugares abertos com poucas pessoas e mantendo o distanciamento social.”
Segundo Gabriel Garcez, diretor médico do Grupo Conexa, por indisponibilidade dos testes em determinadas regiões, a confirmação da influenza A (subtipo H3N2) nem sempre é possível. “Por suposição epidemiológica, a hipótese de estarmos diante de uma epidemia nacional ganha muita força. A maioria dos casos de gripe pode ser diagnosticado, tratado e acompanhado à distância. Nesses casos, a ida ao pronto atendimento presencial expõe o paciente a mais riscos e contribui para a circulação do vírus na sociedade.”
De acordo com Guilherme Weigert, CEO do Grupo Conexa, o aumento da procura por telemedicina em dezembro reflete a preocupação dos brasileiros com o contágio, tanto de Covid-19 quanto de influenza, além do aspecto prático de se realizar uma consulta online. “Por mais que estejamos acostumados com o atendimento presencial, o teleatendimento é uma forma segura de consultar um especialista sem se preocupar com aglomeração e distância geográfica. Em um momento em que os hospitais estão lotados, é uma ferramenta útil e eficiente para cuidar da saúde da população.”
O que fazer quando estiver com sintomas?
Só é necessário procurar assistência médica presencialmente caso sinta real necessidade pelo agravamento dos sintomas como, por exemplo, falta de ar. Em âmbitos gerais, é preciso evitar contato com outras pessoas, usar máscara, higienizar as mãos com frequência, hidrata-se e alimentar-se bem, além de fazer repouso. Em casos mais graves, medicamentos antivirais podem ser indicados pelo médico.
Quando bem indicados, testes rápidos podem ser realizados para identificar se os sintomas correspondem a influenza ou Covid, por exemplo. Caso haja outra pessoa com o diagnóstico confirmado em casa, não é necessário realizar o teste.