Cirurgia robótica em hérnias complexas: o que muda na técnica e na recuperação

As hérnias complexas representam um dos maiores desafios na cirurgia abdominal. Elas exigem planejamento preciso, tecnologia avançada e uma abordagem que reduza os riscos de complicações. Esse cenário explica por que a cirurgia robótica vem ganhando tanto espaço nos centros médicos modernos.

De acordo com a Global Growth Insights, espera-se que o mercado de dispositivos cirúrgicos minimamente invasivos cresça em torno 6,65% de 2025 a 2034, incluindo a robótica e acompanhando a expansão global de plataformas cirúrgicas de alta precisão.

O que define uma hérnia complexa

Para o cirurgião geral, coloproctologista e especialista em cirurgia robótica, Dr. Bruno Ferola, uma hérnia complexa é aquela que apresenta maior dificuldade técnica para o reparo. “Uma hérnia complexa é caracterizada por uma hérnia de difícil tratamento. Pode se tratar de uma hérnia recidivada, que já foi operada e voltou, ou uma hérnia de grande volume, de grande tamanho”, explica o médico.

Segundo Ferola, outra situação é a hérnia com encarceramento crônico, quando há estruturas presas dentro da hérnia. “Em um caso que operamos recentemente, havia um segmento do intestino preso”, conta.

Esses fatores tornam o procedimento delicado e aumentam a necessidade de técnicas mais avançadas.

Como a cirurgia robótica transforma a técnica

A evolução tecnológica trouxe uma mudança importante na forma como hérnias complexas são tratadas. De acordo com o Dr. Ferola, a plataforma robótica oferece visão em 3D, movimentos articulados e controle absoluto das pinças. Isso permite uma dissecção mais precisa, cuidadosa e detalhada.

“Com a robótica, conseguimos abordar as hérnias por dentro da barriga e corrigir o defeito da parede abdominal pela parte interna. Inclusive conseguimos colocar a tela por dentro da barriga. Do ponto de vista funcional isso é muito melhor. Do ponto de vista estético também, porque evita grandes incisões”, afirma.

O especialista reforça que, hoje, praticamente em todas as situações, o robô é superior à laparoscopia. Todas as cirurgias que podem ser feitas por vídeo são preferencialmente realizadas por robótica, com melhores resultados. Em cirurgias delicadas ou de grande porte, essa diferença é ainda mais evidente.

Recuperação mais rápida e menos dor

Outra vantagem importante é o impacto direto na recuperação do paciente. Segundo Ferola, como a cirurgia robótica agride menos o paciente, danifica menos as estruturas e permite uma dissecção mais detalhada, o sangramento é menor. “Isso faz com que a recuperação seja mais rápida e a alta do hospital seja mais precoce. Além disso, o paciente tem bem menos dor no pós-operatório”, esclarece.

Esse comportamento está alinhado a tendências internacionais observadas pela OMS, que relacionam técnicas minimamente invasivas a menores taxas de complicação e melhor qualidade de vida no pós-operatório. O método tem se consolidado como uma alternativa segura, precisa e com recuperação significativamente mais confortável.

ICR.T: referência regional em cirurgia robótica

No Triângulo Mineiro, o Instituto de Cirurgia Robótica do Triângulo (ICR.T) se destaca como um dos centros que acompanham essa evolução tecnológica com excelência. Fundado por quatro médicos especialistas — Dr. Leandro Alves de Oliveira, Dr. Victor Hugo Borges Silva, Dr. Vinicio Marques Martins e Dr. Bruno Leite Ferola — o instituto nasceu com a missão de ampliar o acesso à cirurgia robótica na região.

Os doutores Leandro e Victor Hugo, ambos urologistas e especialistas em cirurgia robótica, lideram a equipe que é totalmente certificada para operar o sistema Da Vinci. A experiência acumulada em cirurgias minimamente invasivas reforça a segurança e a confiabilidade oferecida aos pacientes.

O ICR.T combina tecnologia de ponta, profissionais altamente capacitados e um compromisso permanente com a inovação. Assim, o instituto se consolida como referência para quem busca um atendimento moderno, seguro e centrado no paciente — alinhado ao que há de mais avançado na medicina contemporânea.

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