
Fonte imagem: Seu Dinheiro (2025).
A semana iniciada em 07 de dezembro será marcada pela última “Superquarta” do ano, o dia em que o mercado financeiro global e o nacional, focam nas decisões de política monetária do Brasil e dos Estados Unidos. As reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, e do Federal Reserve (FED), nos EUA, são cruciais para definir o custo do crédito e as perspectivas econômicas para o início de 2026.
No Brasil, o cenário está praticamente consolidado entre analistas: o Banco Central deverá manter a Taxa Selic inalterada em 15% ao ano, como sinalizado anteriormente.
Apesar da recente desaceleração da inflação (IPCA a 4,68% em 12 meses) e da pressão do governo por um corte que estimule a economia, o Copom demonstra cautela. A inflação de serviços, a incerteza fiscal e o cenário global (que ainda exige prudência), sustentam a decisão de manter os juros altos. A prioridade do BC é consolidar a convergência da inflação para a meta antes de iniciar o afrouxamento monetário, preservando a credibilidade duramente conquistada.
O foco dos investidores estará no comunicado pós-reunião. Qualquer sinalização mais “dovish” (sinal de corte iminente) ou “hawkish” (sinal de manutenção por mais tempo) influenciará as projeções de Selic para o primeiro trimestre de 2026.
No front internacional, o Fed também se reúne, mas com um panorama mais ambíguo. Após o Fed ter surpreendido o mercado com um corte de 0,25 ponto em outubro (reduzindo a banda para 3,75% e 4%), a expectativa agora é de manutenção para avaliar o impacto da ação anterior e os dados econômicos do final do ano.
O mercado de trabalho americano tem dado sinais mistos, e o Fed precisa garantir que a inflação está controlada antes de se comprometer com novos cortes. A decisão dos EUA é vital para o Brasil, pois o custo do dinheiro lá fora influencia o fluxo de capital para mercados emergentes e a cotação do dólar.
A última Superquarta de 2025 deve ser de estabilidade nas taxas de juros, mas com tensão nos comunicados. Os dois maiores bancos centrais do ocidente usarão suas notas para guiar as expectativas.
Enquanto o Brasil busca a confiança para iniciar o ciclo de cortes em 2026, os EUA querem garantir que a economia desacelere suavemente. As palavras de Powell e do Copom serão o principal termômetro para os investimentos e o planejamento econômico do próximo ano.

