
O presidente da França, Emmanuel Macron, negou nesta sexta-feira (5) ter alertado líderes europeus sobre uma suposta “traição” dos Estados Unidos à Ucrânia. A declaração foi dada durante visita oficial à China e ocorre em meio a novas tensões diplomáticas no contexto da guerra no Leste Europeu. Segundo a Reuters, a fala de Macron responde a rumores que circularam após a divulgação de trechos atribuídos a uma conversa privada entre chefes de Estado europeus.
De acordo com a agência, o presidente francês afirmou que não há qualquer fundamento nas especulações e reforçou a importância da cooperação entre aliados: “Precisamos dos Estados Unidos para a paz, e os Estados Unidos precisam de nós para que essa paz seja duradoura”. A declaração foi interpretada como um gesto de reafirmação da unidade transatlântica.
As suspeitas sobre um possível atrito vieram à tona após a circulação de um documento que atribuía a Macron a frase de que haveria “chance de os EUA traírem a Ucrânia” em um cenário de fragilidade diplomática. Contudo, segundo a Reuters, o presidente classificou as citações como distorcidas e enfatizou que não há clima de desconfiança entre Washington e Paris.
Macron também destacou que a estabilidade europeia depende da manutenção de uma frente unificada com os Estados Unidos, especialmente diante da continuidade dos ataques russos. Segundo a Reuters, assessores do governo francês consideram a controvérsia um episódio inflado e reforçam que a posição oficial da França segue alinhada ao apoio militar, humanitário e diplomático a Kiev.
Com a negativa pública, o governo francês tenta encerrar a especulação e reafirmar a coesão entre as potências ocidentais — um ponto considerado crucial no atual cenário geopolítico.

