COP 30 — Foto: AP Photo/Eraldo Peres
Apesar do recuo do governo dos Estados Unidos na agenda climática, grandes corporações americanas decidiram manter — e até ampliar — sua participação na COP30, realizada em Belém (PA). Segundo a Reuters, 60 empresas listadas no Fortune 100 marcaram presença na conferência deste ano, número superior ao registrado na edição anterior, em Baku .
A permanência das companhias ocorre mesmo com o novo posicionamento da administração norte-americana, que reduziu seu engajamento em compromissos sobre combustíveis fósseis e metas de descarbonização. De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, as empresas têm seguido seus próprios planos de transição energética e sustentabilidade, independentemente das diretrizes federais, avaliando que a pressão de investidores, clientes e mercados globais tornou a agenda climática uma estratégia corporativa de longo prazo .
A COP30, entretanto, enfrentou críticas sobre a falta de avanço em pontos centrais, como a construção de um acordo vinculante para a eliminação gradual de combustíveis fósseis. Analistas internacionais apontam que, apesar da mobilização do setor privado, a conferência não conseguiu consolidar um consenso político robusto entre os países presentes.
Para o Brasil, anfitrião do evento, o movimento das empresas americanas reforça a importância do país no debate climático global, ao mesmo tempo em que evidencia os desafios internos de infraestrutura, energia e governança que ainda precisam ser superados.
