Gaza volta a ser bombardeada por Israel após ordem direta de Netanyahu

Imagem: ffikretow/iStock

As forças de Israel realizaram uma série de ataques aéreos na Faixa de Gaza nesta quarta-feira (29), após ordens diretas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, resultando em pelo menos 30 mortos, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde local e repercutidas pela Reuters.

Os bombardeios atingiram áreas próximas à cidade de Khan Younis e ao campo de refugiados de Al-Maghazi, regiões já severamente afetadas por confrontos anteriores. O governo israelense afirmou que a ação foi uma resposta a disparos de foguetes vindos de Gaza, que teriam violado o cessar-fogo estabelecido no início de outubro.

De acordo com o gabinete de Netanyahu, os ataques visaram “infraestruturas terroristas” do Hamas e da Jihad Islâmica. No entanto, autoridades palestinas afirmam que entre as vítimas estão mulheres e crianças, e que os bombardeios atingiram áreas civis densamente povoadas.

A escalada reacende o clima de tensão no Oriente Médio, especialmente após a recente trégua mediada pelo Egito e pelas Nações Unidas, que previa o retorno de ajuda humanitária à região. Segundo a ONU, a nova ofensiva compromete os esforços internacionais para estabilizar a situação humanitária em Gaza, onde milhões de pessoas ainda vivem sob bloqueio e com acesso limitado a água potável, alimentos e energia elétrica.

Enquanto isso, a comunidade internacional volta a pressionar Israel por moderação. A União Europeia e a França pediram “contenção imediata”, enquanto os Estados Unidos reforçaram o direito de defesa israelense, mas pediram “cautela para evitar vítimas civis”.

A retomada dos bombardeios representa mais um capítulo da crise prolongada entre Israel e Palestina, que se intensificou desde o conflito de 2023 e vem alternando períodos de cessar-fogo e novas ofensivas

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