O furacão Melissa atingiu o Caribe nesta quarta-feira (29) com ventos superiores a 200 km/h, provocando inundações, deslizamentos e destruição generalizada em diversas ilhas da região. Segundo informações da The Guardian e da BBC News, o governo da Jamaica declarou “área de desastre nacional” após o rompimento de pontes e o colapso de parte da rede elétrica.
No Haiti, o cenário é ainda mais grave: o rompimento do rio Artibonite, no sul do país, deixou pelo menos 25 mortos e dezenas de desaparecidos. As fortes chuvas arrastaram casas inteiras e destruíram plantações em áreas rurais já fragilizadas pela crise humanitária e política. De acordo com a ONU, mais de 40 mil pessoas estão desalojadas e aguardam socorro em abrigos improvisados.
Em Cuba, o furacão provocou cortes de energia em várias províncias e levou o governo a evacuar cerca de 300 mil moradores das regiões costeiras. As autoridades monitoram a trajetória do ciclone, que deve seguir em direção à Flórida nas próximas 48 horas, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC).
O primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, pediu ajuda internacional para acelerar os trabalhos de resgate e reconstrução. “Estamos diante de uma tragédia sem precedentes desde o furacão Ivan”, declarou em comunicado oficial.
Organizações humanitárias, como a Cruz Vermelha e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), já mobilizam equipes para prestar assistência aos países mais atingidos. O fenômeno é classificado como furacão de categoria 4, e meteorologistas alertam que o aumento da temperatura dos oceanos tem potencializado a intensidade das tempestades tropicais na região.
