O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quinta-feira (23) com a equipe econômica no Palácio do Planalto para revisar a meta fiscal de 2026. O encontro ocorreu em meio à pressão por resultados fiscais mais consistentes e à necessidade de ajustar o Orçamento diante da queda na arrecadação e das incertezas políticas no Congresso.
Segundo a CNN Brasil, o Tribunal de Contas da União (TCU) reforçou que o governo deverá mirar “o centro da meta” de superávit para 2026, estimado em 0,25% do PIB, em conformidade com o novo arcabouço fiscal. A orientação aumenta a cobrança sobre a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que busca equilíbrio entre aumento de receitas e contenção de gastos.
De acordo com a Exame, o governo acumulou um déficit primário de R$ 100,9 bilhões até setembro e ainda precisa de mais de R$ 27 bilhões até o fim do ano para atingir o objetivo fiscal de 2025. A dificuldade se agravou após o arquivamento da Medida Provisória 1.303, que previa compensações tributárias de cerca de R$ 10 bilhões.
Entre as medidas em análise estão o avanço na taxação de apostas online e fintechs, além da revisão de incentivos fiscais e de despesas discricionárias, conforme apurou o Instituto Fiscal Independente (IFI). Também há expectativa de que o governo envie nas próximas semanas um novo pacote econômico ao Congresso, buscando recompor receitas e dar previsibilidade ao orçamento do próximo ano.
Ainda segundo o portal Fatos Online, Lula pretende destravar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 antes de sua viagem à Ásia, considerada essencial para alinhar as metas fiscais com o planejamento do governo.
Com a proximidade do ano eleitoral, a equipe econômica enfrenta o desafio de equilibrar responsabilidade fiscal com manutenção de programas sociais. O cenário coloca o tema no centro da estratégia política do governo, que tenta evitar novos desgastes junto ao mercado e ao Congresso.
