EUA avaliam novas restrições contra a China em meio à disputa tecnológica global

O governo dos Estados Unidos está avaliando novas restrições à exportação de software e equipamentos produzidos com tecnologia americana para a China, segundo informações divulgadas pela Reuters nesta quarta-feira (22). A medida é uma resposta direta às recentes limitações impostas por Pequim à exportação de terras-raras, insumos essenciais para a fabricação de semicondutores e dispositivos eletrônicos.

De acordo com fontes ouvidas pela agência, as discussões envolvem o Departamento de Comércio e a Casa Branca, que analisam formas de ampliar o controle sobre tecnologias consideradas sensíveis, especialmente softwares usados no desenvolvimento de chips avançados e sistemas de inteligência artificial.

As tensões entre Washington e Pequim vêm se intensificando desde 2018, quando os EUA iniciaram uma série de sanções contra empresas chinesas do setor tecnológico, como a Huawei e a SMIC. O novo pacote, se aprovado, pode atingir fabricantes de equipamentos industriais e empresas de automação que dependem de licenças americanas para operar.

O governo chinês ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas especialistas afirmam que a medida pode agravar a disputa comercial e impactar cadeias produtivas globais, especialmente no setor de tecnologia. As terras-raras, por sua vez, são estratégicas na fabricação de componentes eletrônicos, motores elétricos e baterias — áreas em que a China detém quase 70% da produção mundial.

Para analistas do mercado, o embate entre as duas potências tende a se intensificar nos próximos meses, com reflexos diretos em preços, investimentos e inovação tecnológica em todo o mundo.

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