EUA e China reacendem tensão econômica global

(Foto: Adobe Stock)

As tensões comerciais entre Estados Unidos e China voltaram a crescer, reacendendo preocupações sobre os rumos da economia mundial. De acordo com um relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o planeta está entrando em uma “nova normalidade” marcada por disputas econômicas persistentes entre as duas maiores potências globais — informa a agência Reuters.

Segundo o relatório, as políticas de tarifas e restrições de exportação impostas pelos dois países vêm fragmentando cadeias globais de produção e afetando o comércio internacional. Setores estratégicos como semicondutores, minerais críticos e tecnologia verde estão entre os mais impactados, com países sendo pressionados a se alinhar a um dos lados.

Nos Estados Unidos, o governo de Donald Trump intensificou medidas para conter o avanço tecnológico chinês, impondo novas restrições a produtos ligados à inteligência artificial e energia limpa. Em resposta, Pequim elevou tarifas sobre bens industriais e agrícolas norte-americanos e anunciou incentivos para fortalecer o consumo interno, detalha a Reuters.

O FMI estima que a escalada das tensões possa reduzir o crescimento global em até 0,8% nos próximos dois anos, caso não haja recomposição diplomática. Especialistas ouvidos pela agência apontam ainda que o impasse pode evoluir para disputas cambiais e geopolíticas, com reflexos diretos sobre países emergentes.

Para economias como a do Brasil, o cenário representa tanto riscos quanto oportunidades: há possibilidade de queda nas exportações e aumento da volatilidade cambial, mas também chance de ampliar parcerias comerciais com ambos os blocos.

De acordo com a Reuters, o FMI avalia que o mundo vive um novo ciclo de reconfiguração econômica, em que a interdependência global dá lugar a blocos estratégicos mais fechados e autossuficientes.

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