Nos Estados Unidos, o shutdown do governo federal já ultrapassa 17 dias, tornando-se um dos mais longos da história recente do país. A paralisação começou após o impasse entre a Casa Branca e o Congresso em torno da aprovação do orçamento e da ampliação do teto de gastos. Sem acordo, várias agências federais foram obrigadas a suspender serviços e afastar milhares de servidores considerados “não essenciais”.
Segundo informações da Reuters, o impacto já atinge áreas sensíveis, como o sistema judiciário, que iniciou planos de contenção para manter tribunais em funcionamento com recursos limitados. A Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA), responsável por supervisionar o arsenal nuclear dos EUA, também anunciou que cerca de 80% de seus funcionários serão dispensados temporariamente, conforme relatou o jornal britânico The Guardian.
O prolongamento do impasse gera preocupação no mercado financeiro e entre analistas políticos. O presidente Donald Trump e líderes do Congresso seguem trocando acusações sobre a responsabilidade pela paralisação, enquanto economistas alertam para os efeitos sobre o crescimento econômico e a confiança de investidores.
De acordo com a Associated Press, há risco de o shutdown se tornar o mais longo já registrado se não houver avanço nas negociações nos próximos dias. Enquanto isso, serviços públicos, tribunais e agências de pesquisa operam com equipes reduzidas e recursos emergenciais.