
Israel e o grupo Hamas firmaram nesta quinta-feira (9) um acordo para uma primeira fase de cessar-fogo em Gaza, prevendo a libertação de reféns israelenses em troca da soltura de prisioneiros palestinos. Segundo informações da Reuters, o entendimento foi alcançado após intensas negociações indiretas realizadas no Egito, com mediação dos Estados Unidos e apoio de governos árabes.
De acordo com o plano, Israel iniciará uma retirada parcial de suas tropas da Faixa de Gaza, enquanto o Hamas se compromete a libertar todos os reféns remanescentes, vivos ou mortos, em troca de centenas de prisioneiros palestinos detidos em território israelense. A expectativa é de que as primeiras liberações ocorram 72 horas após o início do cessar-fogo.
O acordo ainda precisa ser ratificado formalmente pelo governo israelense, mas já foi recebido com esperança por familiares das vítimas e pela comunidade internacional. O presidente norte-americano Donald Trump, que atuou como principal mediador do processo, afirmou que “todos os reféns serão libertados muito em breve” e que a medida representa “um passo concreto rumo à paz duradoura no Oriente Médio”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descreveu o dia como “um marco histórico” e agradeceu o apoio diplomático dos Estados Unidos. Já o Hamas afirmou que o pacto é resultado da “resistência do povo palestino” e pediu garantias internacionais para que Israel cumpra integralmente os termos acordados.
Desde o início do conflito, em outubro de 2023, mais de 67 mil palestinos morreram, segundo estimativas citadas pela Reuters. O cessar-fogo, portanto, é visto como o movimento mais significativo até agora em direção ao fim da guerra, que devastou a Faixa de Gaza e deixou milhares de famílias israelenses e palestinas em luto.
Com cenas de comemoração nas ruas de Gaza e em Tel Aviv, o acordo reacende a esperança de uma trégua duradoura após dois anos de confrontos e destruição.