O governo federal descartou, por enquanto, a adoção de transporte público gratuito em todo o país nos próximos dois anos. A informação foi confirmada pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, que afirmou que não há planos concretos para a implementação da medida em 2025 ou 2026.
De acordo com Costa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apenas solicitou estudos técnicos sobre a viabilidade do projeto, mas nenhuma decisão foi tomada. “Não há nada planejado para este ano ou para o próximo”, afirmou o ministro, ao explicar que os levantamentos ainda serão apresentados ao presidente para análise de custo e viabilidade.
Segundo a Reuters, a ideia de estudar a gratuidade surgiu em meio a discussões sobre políticas de mobilidade urbana e redução de desigualdades, mas enfrenta entraves financeiros e administrativos. Para ser viável, a proposta exigiria a participação de estados e municípios, além de um modelo de financiamento sustentável.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também comentou o tema, reforçando que o governo estuda alternativas para reduzir o custo do transporte coletivo, mas que a eliminação total das tarifas ainda está longe de ser realidade. Haddad classificou o debate como relevante para a população e para o meio ambiente, mas ressaltou que qualquer avanço dependerá de equilíbrio fiscal.
As declarações tiveram repercussão no mercado financeiro, com o real registrando leve desvalorização frente ao dólar após as falas do governo.