Delegações de Israel e do Hamas iniciaram nesta segunda-feira, 6 de outubro, conversas indiretas no Egito com o objetivo de encerrar a guerra em Gaza. As negociações acontecem na cidade de Sharm El Sheikh e são mediadas por representantes do Egito, Catar e Estados Unidos. O encontro tem como base um plano de paz proposto pelo presidente americano Donald Trump, que pediu que os negociadores “se movam rápido” para alcançar um acordo de cessar-fogo.
Segundo a agência Reuters, o plano prevê um cessar-fogo escalonado, a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos e a ampliação da entrada de ajuda humanitária em Gaza. A proposta busca criar as condições para uma trégua duradoura após meses de confrontos intensos.
Apesar do início das negociações, os bombardeios israelenses continuaram na Faixa de Gaza. De acordo com autoridades locais, pelo menos 19 pessoas morreram nas últimas 24 horas em ataques aéreos. Desde o início do conflito, o número de mortos palestinos já ultrapassa 67 mil, conforme dados do governo de Gaza.
Os mediadores reconhecem que há obstáculos significativos para um acordo. Entre os principais impasses estão o desarmamento do Hamas, a retirada gradual das tropas israelenses e a criação de um mecanismo confiável de monitoramento do cessar-fogo.
Representantes americanos afirmaram que o plano de Trump busca “restaurar a estabilidade na região” e abrir espaço para uma futura reconstrução de Gaza. Ainda assim, analistas apontam que as negociações enfrentam grande desconfiança de ambos os lados, após repetidas tentativas fracassadas de trégua nos últimos meses.
