Wanderlei Silva, conhecido como “Cachorro Louco”, ex-lutador de MMA e integrante do Hall da Fama do UFC, foi hospitalizado após ser nocauteado em uma briga generalizada depois de seu duelo de boxe contra Acelino “Popó” Freitas, no evento Spaten Fight Night 2, realizado no sábado (27) em São Paulo.
O confronto entre Silva e Popó ocorreu sob regras do boxe. Originalmente, Wanderlei enfrentaria Vitor Belfort, mas o adversário sofreu uma concussão de grau 3 durante os treinamentos e desistiu do combate. Popó foi anunciado como substituto. Na pesagem oficial, Wanderlei apareceu com cerca de 93,8 kg, aproximadamente 20 kg a mais do que Popó, que registrou 73,6 kg.
Durante a luta, Wanderlei Silva foi desqualificado no quarto round por repetidas cabeçadas, uma infração grave dentro das regras do boxe. Após a interrupção, uma confusão se iniciou envolvendo integrantes das duas equipes. No tumulto, Rafael Freitas, filho de Popó, teria desferido socos que nocautearam Wanderlei Silva já fora do combate oficial. O lutador sofreu cortes no rosto e precisou ser levado ao hospital para exames detalhados, incluindo avaliação de possíveis lesões internas.
Em declaração posterior, Wanderlei afirmou ter sido “covardemente agredido”. O atleta, de 49 anos, confirmou estar em recuperação, mas relatou dores e desconforto após o incidente. Até o momento, não foram constatadas fraturas graves, e seu quadro segue em avaliação médica.
O episódio gerou repercussão imediata no meio esportivo, levantando discussões sobre segurança em eventos de combate e sobre a responsabilidade das equipes em controlar os ânimos durante e após as lutas. A luta marcava a estreia oficial de Wanderlei Silva no boxe profissional, e o resultado inesperado reacendeu o debate sobre a condução de confrontos entre atletas de grande notoriedade no Brasil.
Segundo o UOL, o caso ainda está sob análise dos organizadores e pode ter desdobramentos disciplinares.